CRÍTICA | ‘Heróis da Galáxia: Ratchet e Clank’ dribla o máximo de clichês possíveis
Alê Zephyr
Antes de falar sobre o filme em si, acho importante apresentar um rápido resumo sobre a origem do título:
Ratchet & Clank
O título surgiu como um jogo de aventura estilo plataforma para Playstation 2, tendo estreado na América do Norte em Novembro de 2002. Em 2004 foi lançado no Japão uma série no formato mangá, e em seguida diversos outros títulos de jogos da saga foram explorados.
O título mais recente, para Playstation 4, originalmente planejado para ser lançado em 2015, foi adiado juntamente com o filme para Maio de 2016, e é uma união de diversas particularidades dos jogos anteriores, além de que foi esse o episódio que serviu de inspiração para o filme. Para quem não conhece os jogos, a saga costuma ser muito elogiada, entre outras coisas, por sua jogabilidade, humor irônico e repentino e seus gráficos cheio de detalhes, e é à partir desses dois últimos pontos que começo a definição da obra cinematográfica.
Ratchet & Clank é uma animação para todas as idades, daqueles que entretêm a criançada ao mesmo tempo em que arranca risos dos adultos, pois assim como nos jogos, o humor é ingrediente importantíssimo no filme, que mantém o estilo irônico, daquele em que o personagem com a expressão mais séria e sombria, pode se revelar incrivelmente infantil ou inculto.
Também é importante ressaltar a beleza da imagem 3D dessa obra, que foi muito bem finalizada, resultando em uma qualidade visual do mais alto nível, além de excelentes movimentos de animação e cenas de ação bem orquestradas, tudo isso sobre um pano de fundo alienígena de naves e cenários caprichados, quase de tirar o fôlego, acompanhados de uma trilha sonora totalmente conveniente.O roteiro de Ratchet & Clank – Heróis Da Galáxia, é bem tradicional de um filme que está apresentando o início de uma saga: temos as origens dos personagens, os momentos em que os protagonistas se conhecem e a explicação de suas rivalidades ou amizades.
É uma cuidadosa introdução a uma saga divertida não apenas pelas piadas, mas pelo ritmo rápido que foi escolhido para apresentar a aventura.
Sem personagens desnecessários e driblando o máximo de clichês possíveis, o resultado é que, particularmente, mal posso esperar por uma continuação.
FICHA TÉCNICA