CRÍTICA #1 | ‘Esquadrão Suicida’: Vilões razoáveis e narrativa mete os pés pelas mãos

Ainda não foi dessa vez que vimos o universo expandido da DC decolar nas telonas, mas com certeza ainda o veremos.

Esquadrão Suicida recebeu uma missão completamente inesperada: não, não estamos falando de nenhum vilão icônico das HQs ou de qualquer outro vilão do multiverso da DC, mas sim, de apagar a má impressão que foi deixada em relação a “Batman Vs Superman”. Esse filme, que era a menina dos olhos da empresa com os seus maiores heróis, acabou não alcançando a bilheteria desejada (ainda que tenha sido de certa forma, satisfatória).

Em Esquadrão vemos os mesmos erros cometidos em vários outros títulos de herói que já saíram esse ano. Sem deixar spoiler, já alerto ao leitor que existem falhas no roteiro, personagens muito mal explorados, erros de continuidade, além de uma trama clichê e completamente previsível. A apresentação dos personagens é algo positivo, mas de cara demonstra quem fará, ou não, grande diferença à trama, fazendo com que de antemão, você já tenha ideia de como o longa irá desenrolar. Algumas aparições não fizeram muito sentido em relação ao enredo, o que acabou deixando perguntas no ar, do tipo, por que ele não apareceu novamente?

O enredo mete os pés pelas mãos e a história acaba deixando um buraco na apresentação dos vilões. Mas não são somente as coisas ruins que se destacam, pelo contrário (já entrarei nos pontos positivos), mas era de se esperar – e muitos esperavam – que a DC ao menos fosse mais cuidadosa em relação aos problemas anteriores.

O que realmente salva o filme são as cenas de ação muito bem produzidas e recheadas de ótimas atuações. Destaque principal para Will Smith e Margot Robbie, que desempenharam muito bem os papéis de vilões (ou heróis se preferir). Jared Leto despenha bem o papel de Coringa, mas não o suficiente para sermos convencidos de que veio para ficar. A relação (Arlequina-Coringa) também serve de ponto positivo e fica evidente que será explorada mais adiante. Como já havia sido divulgado há algum tempo, a trilha sonora é um ponto fortíssimo e bastante presente no decorrer do filme.

Existe uma cena pós-créditos interessante que tem ligação direta com os próximos filmes, mas tirando isso – e algumas cenas iniciais -, não temos a impressão de que se trata de um universo expandido. Infelizmente, a DC/Warner perdeu uma ótima oportunidade de marcar um ponto com os fãs, mas, felizmente, esse universo ainda está sendo introduzido e eles terão uma nova oportunidade com “Mulher-Maravilha”. Não se esqueçam da pipoca, e boa diversão!

FICHA TÉCNICA: