Festival de Cannes | Curta brasileiro ganha menção honrosa
Wilson Spiler
O Festival de Cannes rendeu uma menção honrosa para o curta-metragem “A Moça Que Dançou com o Diabo”, de João Paulo Maria Miranda. Ao narrar o périplo de uma jovem criada em seio religioso para buscar seu próprio Paraíso, o diretor de “Command Action” (2015) quebra padrões de representação social, construindo uma reflexão irônica.
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Dirigido por João Paulo Miranda Maria, a obra é inspirada na lenda urbana de São Carlos sobre uma garota de família religiosa que dançou com um forasteiro, que revela ser o diabo, na noite de Sexta-feira da Paixão. Após o anúncio da seleção de Cannes, a equipe envolvida na produção deu início a uma campanha de financiamento coletivo a fim de levantar recursos necessários para levar representantes do curta a premiação.
Rodado em Rio Claro (SP), o curta foi financiado com o dinheiro de uma rifa. O diretor conta, em entrevista à Folha de S. Paulo, que essa foi a saída encontrada após não conseguir viabilizar o projeto por meio de editais.
“A Moça Que Dançou com o Diabo” foi selecionado dentre mais de cinco mil títulos inscritos e concorrerá com produções da Espanha, Colômbia, Tunísia, Reino Unido, Filipinas, França, Romênia, Itália e Suécia.