CRÍTICA | ‘Luke Cage – 2ª Temporada’ [COM SPOILERS]

Pedro Marco

A segunda temporada de Luke Cage já está entre nós e, se você já assistiu ou não liga para spoilers, vem com a gente para a crítica completa deste novo ano do herói do Harlem.

O segundo tomo da saga de Cage é coroado pela saída do grande Cottomouth (Maheshala Ali) e a ascensão de Mariah (Alfre Woodard) como a grande ameaça. A atriz, que já mostrou sua versatilidade dentro do serviço de streaming como a Tia Josephine em Desventuras em Série, traz uma evolução absurda de sua ameaça da primeira para a segunda temporada.

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Ao lado de tantas ameaças como o excêntrico Bushmaster, a vingativa Tilda, o desinteressante Shades, e a própria Mariah, a trama de Luke Cage 2 se perde sem um foco real em seu objetivo. O tão esperado 10º episódio, “The Main Ingredient” traz um sorriso renovado que poderia ter sido um especial à parte da temporada.

A cooperação entre o poderoso Luke Cage e o imortal Punho de Ferro, traz uma versão melhorada da interação de Defensores, naquele que tem um alto destaque como melhor episódio da série. Uma trama fechada no estilo “freak of the week” deixa a aventura com cara de Filler, mas sem tirar seu mérito de diversão.

O desfecho, no entanto, é morno e maçante. A temporada, que caminhava para um final grandioso, ignora seu viés de ação para um último episódio parado, com diálogos estendidos e um clima pesado causado pelo falecimento do ator Reg E. Cathey (homenageado no final da temporada).

A temporada, que iniciou como uma adaptação de “A Queda de Murdock” para Luke Cage, mostrava o herói perdendo tudo e se afundando num perigoso desequilíbrio emocional. No entanto, este interessante caminho não é aprofundado e é revertido brevemente com a participação especial de Danny Rand.

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Esta cooperação parece dar um novo fôlego para a série, encaixando melhor a trilha e um foco maior para Alfre Woodard como antagonista. O clima de novela acaba se perdendo com a ausência de Claire (Rosario Dawson) nos momentos finais e, aos poucos, é construída a ascensão de Luke Cage como o novo Rei do Harlem.

Infelizmente, estas qualidades não eram as que os espectadores de uma série de heróis esperavam. O braço mecânico de Misty Night é completamente gratuito e desaproveitado, e a falta do esperado embate definitivo entre Luke e Bushmaster no episódio final foi um grande balde de água fria.

Mesmo assim, a referência maravilhosa a poderoso chefão no final da série mostra o potencial para uma sequência promissora do Power Man. O reinado de Luke Cage pode – e deve – afetar as demais séries do universo Marvel/Netflix e, aos poucos, deixá-lo mais amarrado e dependente que o MCU.

::: TRAILER

https://www.youtube.com/watch?v=xKoqOKRJUFk

::: GALERIA

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::: FICHA TÉCNICA

Temporada: Segunda
Criação: Archie Goodwin, John Romita Sr.
Elenco: Mike Colter, Simone Missick, Rosario Dawson, Alfre Woodard, Theo Rossi, Mustafa Shakir, Gabrielle Dennis
Gênero: Ação
Ano: 2018
Classificação: 16 anos

Pedro Marco

Pedro Px é a prova de que ser loiro do olho azul e com cabelos e barbas longas, não te garantem ser parecido com o Thor. Solteiro, brasiliense e cozinheiro, se destaca como autor de 7 livros, host do Pipocast, membro da Academia de Letras de sua cidade, fundador de Atlética universitária, padrinho da Helena, e nos tempos livres faz 40h semanais como engenheiro civil. Escreve sobre cinema desde que tudo aqui era mato, sendo Titanic seu filme favorito
NAN