REVIEW | ‘Dragon quest XI: Echoes of an Elusive Age’ mantém boa narrativa e fórmula old school

Stenlånd Leandro

DRAGON QUEST XI: Echoes of an Elusive Age é mais um JRPG que muitas pessoas tendem a querer jogar, principalmente os amantes do gênero. Uma franquia de longa data, precisamente lançada em 1986, mesmo ano de Zelda. Na narrativa, temos um herói caçado que precisará desvendar o mistério em torno do seu destino com a ajuda de um seleto time de amigos. Juntos, embarcam em uma missão que os levará a diversos continentes e vastos oceanos ao descobrirem uma ameaça sinistra que paira sobre o mundo em que vivem.

Apesar de o início não ser lá essas coisas, muito menos mostrar o quanto o jogo tem um apelo emotivo, a narrativa é seu maior pilar de sustentação, se considerarmos o overall do título. A música é o tema-base para Dragon quest XI: Echoes of an Elusive Age deslanchar. Com toda sua temática extraordinária, DQ XI tem nuances simples e detalhes que não mudam de forma expressiva conforme situações do gameplay.

Há também muita coisa elaborada além da trama, isso inclui o visual dos personagens, que é bem detalhado, polido, mas que lembra os jogos do Nintendo Switch. Não espere que o título tenha um visual altamente definido. Apesar de soar bastante contraditório, o esmero nos personagens foi bem grande, enquanto o entorno nem tanto assim. Enaltecer esse tipo de trabalho é algo complicado. Temos um visual que em certos momentos lembrará um anime, com temáticas mais específicas inerentes aos personagens secundários e contextos distintos que se vão desenvolvendo aos poucos. Há todo um visual 3D, pincelado, com cores bem vivas e temos a impressão de assistir a uma OVA de anime.

No quesito jogabilidade, temos um ritmo enfadonho. Mesmo que cada um dos personagens venha a evoluir automaticamente algumas de suas aptidões conforme vai ganhando um novo nível, o título opta por um combate totalmente por turnos, coisa que já cansou a beleza de quem quer um RPG mais dinâmico. Realmente há o que se elogiar quanto aos seus predicados, mas a forma de evolução dos personagens não é convidativa, mesmo com um leque de evolução diferenciado, lembrando, de certa forma, o bom e velho old school way de “evoluir”. Esse tipo de evolução do personagem não tem deixado os fãs do gênero preso a ele como a grande maioria dos RPGs normalmente deixa, Na verdade, RPG só presta mesmo se viciar, e é por isso que a maioria prefere Action RPG, simplesmente por ser totalmente dinâmico, coisa que títulos por turno não costumam ser.

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O lado da sonoplastia também é interessante, apesar de muitas vozes não casarem com o gesto da boca. Nosso protagonista sequer esbanja reações ou utiliza sua fala em pelo menos 80% da jornada, todo o restante em si tem bons predicados para que o fã venere. Particularmente já não é a primeira vez que vejo games do gênero possuírem um personagem que nada fala, e isso fica óbvio no protagonista. Temos como escolher seu nome (Neste caso escolhermos BLAH) e foi com essa graça que o mesmo carregou durante todo o trajeto.

A trilha sonora se destaca na qual é assinada por Koichi Sugiyama. O trabalho das músicas nas batalhas é legal e empolga já de cara. A abertura já mostra para o que veio, com uma animação muito bonita e uma faixa tocada pela Orquestra sinfônica Metropolitana de Tokyo, com belíssimos arranjos sinfônicos que muitos vão amar. Duvida? Volte acima e dê um play em nosso gameplay.

O mapa não é tão grande como o esperado para um jogo da franquia Dragon Quest, mas possui  bastante elementos a serem explorados. Eventos acontecendo pelo mapa, alguns Coop que você ajuda a IA e a maioria onde você faz sozinho. O sozinho nesse caso é em conjunto com mais “dois” inicialmente, um cão e uma menina, amiga de nosso protagonista.

O VEREDITO

Dragon quest XI: Echoes of an Elusive Age‘ é um título que mantém boa narrativa, mas peca por falta de inovação em seu sistema de jogabilidade por turnos. Tem um visual bonito, mas o mapa em si possui detalhes que uma simples evolução já deveria de ter. Ainda assim, há aqui um jogo bastante legal, com uma história cativante ao lado de seus personagens e um ritmo que para alguns será enfadonho e para outros um bau de ouro.

Stenlånd Leandro

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
NAN