ANÁLISE | ‘Headset Razer Electra V2’
Thiago Alexandre
Tivemos a honra de passar um tempo com o Headset Electra V2 da Razer, em primeira mão, podemos afirmar que ele, como muitos dispositivos que visam o mercado “gamer”, certamente divide opiniões. Existem dois modelos do Electra V2: um USB com led na lateral e o que possui conexão P2 de 3,5mm. Testamos o segundo, que vem acompanhado de um adaptador do conector P2 de três vias para dois conectores, um dedicado ao fone e outro para o microfone, o que é ótimo, já que nem todos os gabinetes ou notebooks possuem encaixes compatíveis com o conector de três vias. Esse adaptador também adiciona um comprimento importante que pode ajudar quem tem o gabinete afastado da cadeira, o material do fio do headset e do adaptador é de uma borracha de excelente qualidade e certamente suportam puxões e trancos indesejados.
A aste do microfone é bem flexível e ainda conta com a possibilidade de remoção, que agrada quem pensa em usar o headset apenas para ouvir música ou para escutar qualquer coisa com um smartphone, por exemplo. O Razer Electra V2 é mais leve do que o seu tamanho faz parecer e isso é uma característica boa, por ajudar a cansar menos durante as altas horas de uso. O acabamento também merece elogios e não possui pontas ou cantos vivos que possam incomodar. Esse headset utiliza “drivers” de 40mm com imãs de neodímio, o que certamente indica boa capacidade sonora. Combinado com a isolação de som externa parcial, resulta numa excelente qualidade, sem a necessidade de utilizar níveis absurdos no volume. Há também na lateral esquerda um interruptor para o microfone e um controle de volume que facilita muito quando alguém tenta falar conosco e não temos como diminuir o volume por algum controle eletrônico na hora.
Mas nem tudo são flores, mesmo com um ajuste bem amplo de pressão, quem utiliza óculos terá problemas para encontrar uma configuração de pressão confortável. Serão necessários alguns dias para acostumar com a força e com a sensação de amortecimento que fica após o uso prolongado. Certamente um grande ponto de discórdia é o fato desse headset puxar bem os graves sem que isso signifique perda de qualidade sonora na apresentação das outras frequências. Existem outros headsets que fazem isso num nível ainda maior, quem prefere uma equalização mais neutra ficará chateado. O microfone, embora tenha uma excelente qualidade, possui a captação bem sensível, ou seja, seus amigos de partidas ouvirão grande parte dos sons a sua volta. Também é necessário ter o cuidado de posicionar o microfone longe de possíveis golpes de ar que atrapalham a qualidade das gravações, algo que aconteceu durante o nosso teste.
Após um período de familiarização, utilizamos o headset na sua função principal, nesse teste ele passa com louvor, seja ouvindo música, utilizando para ligações no smartphone ou em jogos single e multiplayer. É possível até mesmo distinguir claramente todos os sons e vozes com os botões na lateral esquerda, mostrando que realmente são úteis. Após dias com o Electra V2, podemos comprovar que ele se mostra um excelente headset de entrada e a Razer está no caminho certo com essa linha No entanto, mais uma vez aqui o problema acaba sendo o preço cobrado no mercado interno, sempre vale a pena torcer por uma queda do dólar. Mas quem mesmo assim resolver adquirir um, pode ter certeza que terá um excelente produto em mãos.