REVIEW | ‘Labyrinth of Refrain: Coven of Dusk’ é recomendado aos amantes de masmorras e fãs de animes

Stenlånd Leandro

Labyrinth of Refrain: Coven of Dusk é mais um jogo da NIS que chega aos consoles da nova geração, em específico o Playstation 4 e o Nintendo Switch. Aos amantes de Dungeon Crawler, mais um título aterrissa nas Américas, mas será que é tão bom quanto parece?

Neste RPG de masmorra, você joga como o Tractatus de Monstrum, um livro vivo de propriedade da conivente Dusk Witch Dronya, e enfrenta os perigos que se escondem sob a pacata cidade de Refrain. Assim, temos como missão montar um exército de até 40 fantoches totalmente customizáveis ​​e que possuem habilidades únicas, magias diversas e ataques combinados quase que em formato de turno, tendo como função aniquilar monstros aterrorizantes e conquistar o labirinto do Refrain. A história é bastante peculiar, embora à primeira vista possa ser considerada apenas mais uma trama onde um grupo de aventureiros de um universo X entra em uma masmorra para enfrentar perigos. Foi adicionado um toque especial que foge do clichê, os personagens são especializados em caçar outro tipo de vilão, fugindo do tipo de trama que é muito mais comum para jogos em tempos modernos do que em fantasia medieval.

Aos que nunca jogaram o gênero, certamente ficarão frustrados e questionando o porquê de ainda em pleno século 21 termos jogos tão ultrapassados assim. Bom, temos que considerar que gosto é gosto e cada um tem o seu. Há aqueles que sequer gostam de ouvir falar em jogos de FPS e Esportes (eu por exemplo), e que gostam de outros gêneros, o que não é meu caso (gostar de Dungeon Crawler), mas existe um nicho. Se você não pertence a este nicho, precisa entender que um dungeon crawler obrigatoriamente se passa em torno de personagens se aventurando e combatendo em localizações específicas, como calabouços, cavernas, florestas, ruas, etc.

Dentro da categoria Dungeon Crawler temos o famoso Diablo, como em toda categoria há sempre uma subdivisão, essa aqui com labirintos é bem famosa em solo asiático, especialmente quando o assunto se trata da terra do sol nascente, o Japão. Esse formato é muito cultuado para quem ama RPG, justamente pelos labirintos serem representados como antigos jogos de tabuleiro e cenário e personagens que são feitos no estilo anime. É exatamente o caso de Labyrinth of Refrain, vendo por esse lado, temos um ponto bastante positivo.

Se a jogabilidade não é o atrativo para novos players tentando entender esse sub-gênero, Labyrinth of Refrain teve como foco o Playstation Vita, console descontinuado da Sony, e cativou os jogadores do gênero principalmente no mercado nipônico. Essa jogabilidade de Labyrinth of Refrain é, sem sombras de dúvidas, algo muito difícil de ser explicado, pois existem dezenas de mecânicas diferentes que servem para exploração, combate, crescimento dos personagens e muito mais. Podemos controlar até cinco grupos de marionetes de maneira simultânea. As marionetes assumem a forma humana e cabe ao jogador definir suas principais características como nome, sexo, classe, etc.

Os gráficos dos labirintos nunca são lá essas coisas comprometidos na tela grande, com alguma distorção e com cores pouco definidas, justamente porque o que há para se mostrar são paredes ou os protagonistas, em sua maioria desenhados à mão. A NIS America sempre tenta trazer jogos asiáticos para cá, traduzindo boa parte dos títulos para o inglês, e mesmo que haja mercado para isso aqui no Brasil, não passa de termos legendas inglesas. Aliás, a dublagem é bastante cômica e divertida, merecendo muitos aplausos. Normalmente, os estúdios americanos são muito criticados por apresentarem um serviço meia boca, mas o game foi bem adaptado e traduzido com uma qualidade além do esperado.

O VEREDITO

Labyrinth of Refrain: Coven of Dusk é recomendado para amantes dos jogos de exploração em masmorras e fãs de animes, visto que o título está recheado de personagens com esse visual. Sem estes detalhes, o jogo é mais um que certamente não vale os salgados R$ 191,00 .

Stenlånd Leandro

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
NAN