Crítica de Filme | Transformers: A Era da Extinção

Leonardo Ramos

Quando fui assistir a Transformers: A Era da Extinção, estava ciente de que esse seria um “recomeço” para a franquia e confesso que fiquei um pouco preocupado porque, particularmente, não gosto dessa ideia de recomeço para franquias recentes. Acho que isso é um meio de se aproveitar do sucesso dos filmes, e muitas vezes acabam estragando tudo. Nesse ponto gostei, porque apesar da mudança de todo o elenco, Michael Bay não esqueceu completamente dos três filmes anteriores. Claro que algumas coisas ficaram sem explicação, como por exemplo: O que houve com Sam Witwicky (Shia LaBeouf) e família? Não só Sam, mas nenhum personagem humano retorna para a franquia. O que não deixa de ser uma boa notícia porque, convenhamos, ninguém aguentava mais Sam Witwicky.

Quatro anos se passaram após o grande confronto entre Autobots e Decepticons em Chicago. Uma equipe de elite da CIA, chefiada por Harold Attinger (Kelsey Grammer), com a ajuda do transformer Lockdown, está caçando os Autobots que restaram. Quando Cade Yeager (Mark Wahlberg), um inventor frustrado, encontra um caminhão abandonado, ele descobre que o veículo se trata de Optimus Prime, líder dos Autobots. Após ressuscitá-lo, Cade e sua filha Tessa (Nicola Peltz) entram na mira da CIA.

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O filme até começa bem, com uma tentativa de explicar a origem dos tão aguardados Dinobots e a razão para a extinção dos dinossauros. Depois que aparece Cade Yeager (Mark Wahlberg) o filme fica alternando nesse esquenta, esfria, até a sequência final. O personagem de Wahlberg está sempre com o mesmo discurso de pai super protetor que acha que é muito cedo para a filha namorar e isso acaba cansando. Pior que isso, só as piadas clichês e sem graça entre Wahlberg e o namorado da filha. Depois que a CIA começa a perseguir Cade, o filme toma outra dimensão e vários elementos, que pareciam desconexos, começam a se amarrar. Muito elemento junto, mas, por incrível que pareça, tudo faz sentido no final. Os efeitos visuais são bem detalhados e os Autobots dessa vez são bem característicos, ficando mais fácil saber quem é quem no meio da batalha. As batalhas são grandiosas e tem tudo para deixar os fãs satisfeitos.

Em resumo, os 165 minutos tornam o filme muito cansativo e é inevitável você se pegar olhando as horas, doido pro filme acabar. No fim você sai com a impressão de que 45 minutos a menos não iria fazer a menor falta.

Se você pensa em assistir o filme em 3D, não vá, pois o efeito é muito pouco utilizado e não melhora em nada. Por outro lado, recomendo o IMAX, que faz das lutas um show a parte.

BEM NA FITA: As batalhas entre os robôs gigantes; a explicação para a extinção dos dinossauros.

QUEIMOU O FILME: Filme muito longo e arrastado; humor clichê e sem graça; demora muito para aparecer os Dinobots; nenhuma menção aos personagens dos filmes anteriores.


FICHA TÉCNICA:
Título original: Transformers: Age of Extinction
Direção: Michael Bay
Roteiro: Ehren Kruger
Elenco: Abigail Klein, Bingbing Li, Chanel Celaya, Cleo King, Geng Han, Jack Reynor, Kelsey Grammer, King, Mark Wahlberg, Melanie Specht, Michael Wong, Nicola Peltz, Peter Cullen, Sophia Myles, Stanley Tucci, T.J. Miller, Titus Welliver, Victoria Summer
Produção: Don Murphy, Ian Bryce, Lorenzo di Bonaventura, Tom DeSanto
Fotografia: Amir Mokri
Edição: Roger Barton, William Goldenberg
Gênero: Ação
País: Estados Unidos
Ano: 2014
Tempo: 165 min.
Distribuidora: Paramount Pictures Brasil
Estúdio: Paramount Pictures
Classificação: 12 anos

Leonardo Ramos

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