Supercross 2

REVIEW | ‘Monster Energy Supercross – The Official Videogame 2’

Felipe de Andrade

A Milestone lançou a sequência do jogo oficial de Monster Energy AMA Supercross. O campeonato acontece de janeiro a maio nos Estados Unidos com o patrocínio da famosa bebida energética. Monster Energy Supercross – The Official Videogame 2 carrega o peso de uma competição que amantes de motociclismo do mundo todo acompanham e torcem para seus pilotos favoritos. Será que o jogo faz jus ao nome que carrega? Vamos descobrir.

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Modo de carreira

O jogo possui um modo carreira que nos obriga a criar um piloto personalizado para dar início à história. Aqui, podemos escolher nome, apelido, altura, país de origem, aparência do piloto – como cor dos olhos e cabelo -, bem como alguns itens como bonés, óculos e brincos. Os 3 últimos custando bastante dinheiro do game para itens meramente cosméticos. Conforme avançamos na carreira, podemos comprar capacetes, óculos de corrida e uniformes completos. O que aumenta mais ainda a personalização do nosso piloto.

A carreira começa escolhendo uma fabricante logo de cara. Já são disponibilizadas duas motos para correr em categorias diferentes. Marcas famosas no mundo todo estão presentes como Yamaha, Honda, Suzuki, entre outras, com os modelos de suas motos muito bem reproduzidos.

Também é necessária a escolha de um patrocinador. Afinal, é ele quem determina os níveis de dificuldade dos objetivos. Conforme a fama do piloto aumenta durante a carreira, surgem novos patrocinadores – com objetivos mais difíceis de serem atingidos. Entretanto, as recompensas são cada vez melhores. Contratos rendem dinheiro que pode ser usado na loja para comprar itens de personalização.

No modo carreira, a cada semana, ganhamos novas opções do que fazer a cada dia que passa enquanto esperamos a chegada do final de semana com o evento principal. Na espera da grande data, podemos treinar, dar atenção à mídia ou fãs e até mesmo aceitar desafios de outros pilotos. Não esquecendo dos dias de descanso.

Outros modos de jogo

Além de carreira, temos os modos de jogo. Evento Único é uma corrida simples com piloto, trajeto e moto escolhidos pela máquina. O modo Time Attack é de corridas contra o tempo. Por fim, o Campeonato, em que participamos de uma competição onde a soma dos resultados das corridas determina o campeão.

O multiplayer também está presente, mas, infelizmente, apenas na versão online para 2 a 12 jogadores simultâneos. É possível votar na sua pista preferida e escolher um piloto antes da corrida começar. Mesmo assim, pode acontecer do jogo te desconectar sem motivos e fazer assistir à corrida acabar para voltar na próxima partida.

Supercross 2 possui um editor de pistas mais decente do que o esperado. É possível escolher o tipo de estádio e montar todo o circuito da maneira que preferir, selecionando rampas, curvas e obstáculos. Esse sistema de criação ainda precisa de uma refinada, o que deve acontecer em um possível próximo jogo da franquia. A parte mais interessante é que, após a pista ser criada e validada pelo jogo, é possível compartilhar sua criação com outros jogadores pela internet.

Jogabilidade

Agora vamos falar da jogabilidade que é o principal ponto deste jogo de corrida de motos. E que, aliás, também foi o que mais desagradou durante os testes realizados. De cara, dá para perceber a intenção da Milestone ao criar o simulador definitivo de motocross que existe. O que seria uma boa proposta, a não ser pelo fato de que é muito difícil conseguir controlar a moto, ao ponto de ser quase impossível correr em linha reta. Realizar uma curva sem cometer erros, então, é um martírio.

É “simplesmente complicado demais” realizar uma boa corrida tendo que lembrar de acionar o freio dianteiro ou traseiro, usar embreagem, aumentar ou diminuir a marcha. Isso ainda tendo que jogar o peso do piloto e da moto para o lado certo para evitar – muitas – quedas indesejadas. Essa enorme curva de aprendizado pode agradar os aficionados por simuladores ou corridas de motocross. Entretanto, o jogador casual ou até o mais hardcore vai sentir essa dificuldade como sendo o fator crucial para não achar o título tão divertido quanto poderia ser.

Gráficos

Supercross 2 possui gráficos que rodariam tranquilamente na geração passada, ficando muito aquém da grande maioria dos jogos do final desta geração. Ao menos as motos são bem construídas e cheias de detalhes. Por outro lado, já não se pode dizer o mesmo de todo o resto. Inclusive, até as feições dos pilotos que fazem parte do elenco do título. Eles parecem ter sido criados no editor de personagens.

Som

A parte sonora ainda se sai melhor que o resto. Principalmente para os fãs de rock and roll, visto que a trilha sonora é basicamente composta por faixas deste estilo musical. A Milestone também poderia ter dado uma atenção maior para o som do motor de cada moto, em vez de colocar um barulho parecido para todas elas.

O jogo quase não possui dublagem. As vozes que mais ouvimos são as narrações e comentários durante as corridas. Talvez por isso o jogo não tenha ganho uma dublagem para o nosso idioma. Apesar disso, todas as legendas e menus estão em PT-BR.

VEREDITO

Monster Energy Supercross – The Official Videogame 2 tenta ser “O” simulador de jogos de corridas de moto, mas peca pelo excesso. Nem todo mundo quer saber usar todos os comando ao mesmo tempo para realizar uma simples curva. Em resumo, a dificuldade nos controles, somada à falta de conteúdo e do multiplayer local off-line, encurtam a vida do título.

PROS

 

  • Pilotos conhecidos podem ser escolhidos
  • Editor de pistas competente
  • Boa trilha sonora

CONS

  • Loadings imensos com músicas travando o tempo todo
  • Enorme curva de aprendizado
  • O jogo se esforça para passar a sensação de estar pilotando uma moto de corrida mas falha
  • Física estranha

HISTÓRIA 6

GAMEPLAY 6

DIVERSÃO E IMERSÃO 7

GRÁFICOS 8

TRILHA SONORA 8

7

Felipe de Andrade

NAN