‘Sword and Fairy 6’ | REVIEW
Felipe de Andrade
Desde que anunciou o China Hero Project, a Sony abriu as portas para vários estúdios desenvolvedores de jogos chineses para que pudesse levar mais da cultura do país para o resto do mundo principalmente através dos bons jogos.
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Belas canções
Então, a Softstar e a Eastasiasoft aproveitaram o incentivo e lançaram Sword and Fairy 6. É o primeiro título de uma série anteriormente exclusiva do território oriental. Como se já não bastasse ser estranho começar o lançamento da franquia para o Ocidente no jogo de número 6, o título ainda vem cheio de problemas técnicos que atrapalham – e muito – a imersão e diversão de qualquer um que resolva dar uma chance ao título.
Logo no menu principal somos brindados pela música-tema do jogo, que, de tão linda, nem reparamos que ela é toda em chinês. Todo o gameplay de Sword and Fairy 6 é repleto de músicas muito bem-feitas, que casam perfeitamente com o momento retratado na tela. Seja em combate, animações ou durante exploração dos mapas.
Dublagem em chinês e legendas em inglês
Com apenas dublagem em chinês, o jogo pode distanciar muitos fãs do gênero RPG. Apesar de todos os menus e diálogos legendados em inglês. Quem quiser entender a história e não dominar nenhum dos dois idiomas, pode não dar uma chance ao jogo. Mesmo ele sendo de uma série de jogos voltados para o público oriental.
Gráficos da geração passada
O game conta com algumas cenas de corte com animações tradicionais feitas à mão, mas de qualidade duvidosa. Contudo, após uma cena dessas, voltamos para animações em tempo real, com gráficos do jogo. E é aí que a coisa desanda.
Sword and Fairy 6 possui gráficos da geração passada, bem como animações extremamente robóticas dos personagens que são dignas de jogos de duas gerações atrás, lembrando um título ruim do PS2. A todo momento, é possível perceber travamentos na câmera ao girá-la em 360 graus no cenário mais simples possível. O pior: isso acontece durante todo o jogo. Outro detalhe bem estranho é que, quando o game é pausado, mesmo que por apenas alguns segundos, é possível perceber que os NPCs e os inimigos que estavam em movimento mudam de posição quando retornamos. Mais ou menos como se continuassem andando enquanto a pausa estava ativada.
A sincronia ou qualquer outra animação facial praticamente não existem. Tanto que não lembro dos personagens sequer piscarem os olhos. Além disso, suas bocas simplesmente abrem e fecham poucos milímetros durante os diálogos. Sem expressão nenhuma no rosto.
Sistema de combate confuso
As batalhas acontecem sempre que encontramos inimigos pelos cenários e vamos ao encontro deles ou vice-versa. A locação é alterada para uma arena fechada enquanto existirem adversários e o confronto estiver rolando.
Com três personagens para administrar durante a luta, o sistema de combate se torna muito confuso. Ademais, alguns comandos parecem não surtir o efeito desejado. Isso faz com que seja quase obrigatório o uso do botão “Auto Battle”, onde apenas assistimos a IA do jogo realizar os comandos enquanto uma batalha cheia de lags acontece.
É possível comprar itens como roupas, sapatos, armas e acessórios que aumentam, por exemplo, pontos de ataque, agilidade, defesa, esquiva, em lojas espalhadas pelos mapas. Assim como também podemos ganhar esses itens após vencer determinadas batalhas. Ou ainda encontrar pelos cenários ao abrir baús e resolver quests durante a jornada.
VEREDITO
Em suma, Sword and Fairy 6 parece um jogo ruim da geração passada, sendo lançado para os consoles de hoje sem a devida lapidação necessária e cheio de problemas técnicos. Com vários bugs, lags, animações robóticas e história confusa – que só piora com os erros de tradução e frases em inglês que nem fazem sentido -, o jogo se torna dispensável para o grande público. Aliás, pode não agradar nem aos fãs de RPGs orientais.