Mateus Muniz

Mateus Muniz | Arte no mundo digital

Monique Ferreira

Cantor, compositor, multi-instrumentista, produtor musical e designer. Essas são algumas palavras que caracterizam Mateus Muniz, artista carioca conhecido principalmente pelo trabalho com a Amsterdan. Recentemente, entre os lançamentos da banda, Mateus entregou o primeiro single de seu projeto solo, Nvllz.

Além de seu trabalho no setor artístico, o músico também é amante da cultura pop e ligado em tecnologia e tendências do mercado. Portanto, convidamos Mateus Muniz para contar sobre seus projetos e a influência das novas plataformas no universo musical.

Confira!

Vamos começar com a pergunta mais básica. Quem é Mateus Muniz?

Então, Mateus é aquele cara que começou a ter banda com 11 anos de idade (risos)! Desde então já perdi as contas de quantas foram no caminho, mas Amsterdan foi um projeto idealizado por mim após o fim da banda The Supersonic Triangles, lá por meados de 2016, e venho me dedicando dia e noite a esse nome e marca desde então. Agora tenho um projeto recém-lançado com uma single, que é o Nvllz, além de um podcast que está um pouco parado no momento, que é o Transtornos Artísticos.

E, além de ser músico, no que mais você atua?

Lá em 2016 quando comecei a Amsterdan eu trabalhava e cursava produção fonográfica, porém no momento somente desempenho essas funções para propósitos próprios. Atualmente venho focando mais em compor e desenvolvendo alguns projetos pessoais que não tem ligação com música.

Eu percebi uma onda de artistas que lançaram projetos paralelos durante a pandemia. Qual foi a sua motivação para começar seus lançamentos como Nvllz?

Na verdade, o Nvllz é um projeto bem antigo, de 2018, que estava engavetado. Inclusive, ele se chamaria Nulo, mas como existiam outras pessoas utilizando esse nome, parti assim para Nvllz. Comecei esse projeto dando mais ouvido a minha paixão por música eletrônica, lo-fi, pop e um tico de trap apesar de não ser foco.

E com a proposta de um som mais cru?

Don’t You Go Away“, o primeiro single do Nvllz, na verdade é uma demo que ficou guardada e perdi completamente o projeto dela após um problema no meu computador. Como eu tinha o bounce da demo, masterizei ele e foi assim mesmo. Tem muita coisa guardada ainda não só do Nvllz, mas como de outros projetos paralelos que não dei seguimento ainda.

Mateus Muniz (Divulgação)

Recentemente algumas plataformas surgiram, como o Clubhouse, e outras ganharam força, como a Twitch. Como você vê o digital afetando na carreira de artistas e na formação de comunidades?

A Twitch e o Clubhouse passaram a assumir lugares que pra mim são mais importantes do que o próprio divertimento. Que é o crescimento do conhecimento de cada artista. No Clubhouse temos diversos grupos focados em desenvolvimento e estratégia de redes sociais, além de contatos entre músicos, compositores e produtores de milhares de mercados, sem definir gêneros.

E na Twitch você pode aprender muita coisa sobre composição e até arranjo e produção musical. Quer coisa melhor? Pra quem já tem alguma base e conhecimento de partida, você pode pegar muita coisa nesses canais.

Como você enxerga o futuro dos seus projetos, a longo prazo? Mais shows e calor humano, mais lançamentos e ações no digital ou uma mistura dos dois mundos?

Para meus projetos pessoais a princípio acredito que foque mais na parte digital, lançando o máximo de conteúdo e músicas em paralelo a Amsterdan. Já na Amsterdan, pra quem conhece a banda, sabe que a gente desde que botou o primeiro pé na rua nunca parou de tocar, viajamos muito e vivemos muita coisa.

Pensar na Amsterdan somente num formato digital é praticamente impossível pra nós. A estrada é parte do que sempre movimentou nosso amor por esse meio.

Indique três artistas da cena nacional que você chamaria pra uma partida de Fortnite.

Fefê, Teives e Pedro Palma.

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Então você é artista e acha que não tem muito espaço? Fique à vontade para divulgar seu trabalho na coluna Contra Corrente do ULTRAVERSO! Não fazemos qualquer distinção de gênero, apenas que a música seja boa e feita com paixão!

Além disso, claro, o (a) cantor(a) ou a banda precisa ter algo gravado com uma qualidade razoável. Afinal, só assim conseguiremos divulgar o seu trabalho. Enfim, sem mais delongas, entre em contato pelo e-mail guilherme@ultraverso.com.br! Aquele abraço!

Monique Ferreira

Monique Ferreira é produtora artística, de eventos e audiovisual. É CEO da agência Na Beira do Palco, que realiza eventos no mercado independente do Rio de Janeiro e atua com lançamentos e produção artística de bandas e músicos. Se dedica à produção de conteúdo web sobre music business para artistas independentes.
NAN