Caradura revive o rock gaúcho em primeiro álbum
Wilson Spiler
Relacionamentos em crise, distância entre as pessoas, relações platônicas e paixões em risco. Tudo vira rock e humor no álbum de estreia da Caradura, que leva o mesmo nome da banda gaúcha. Indo do som sessentista ao alternativo contemporâneo, eles buscam um clima palatável e dançante para corações apaixonados, partidos e solitários. O lançamento, aliás, já está disponível nas principais plataformas.
Formada por Rogê Cabret e Sérgio Mastrantonio, a banda Caradura busca um olhar pop e acessível para canções sobre amores e desamores, sempre com uma veia rock and roll. O projeto inaugura também novos alter egos para dois nomes de destaque da cena do Sul do país, buscando um recomeço sem amarras.
Simples e objetivo
Com letras simples e objetivas, a Caradura consegue passar a mensagem de leveza que pretende, que ainda garante profundidade sem parecer blasé. Sempre de forma bem-humorada e abrangendo um grande público pela facilidade nas palavras.
Produzido por Protásio Júnior (Humberto Gessinger, Duca Leindecker, Pouca Vogal), o som da Caradura, no entanto, não traz nada de inovador. É o rock gaúcho que tanto conhecemos de bandas como Engenheiros do Hawaii, Wander Wildner, Ultramen e Cachorro Grande, por exemplo. Não que seja ruim, mas se suas composições podem atingir uma boa parcela de pessoas pela facilidade na compreensão, as melodias também correm risco de soarem datadas para essa nova geração que pede sempre pelo novo.
Entre prós e contras, o primeiro álbum da Caradura agrada. Além disso, traz calma em um período tão adverso da humanidade. Diverte e, assim como a uva dos pampas, remete às boas safras do rock nacional. Com apenas nove músicas, a grande maioria delas com cerca de dois a três minutos, o tempo passa sem nem percebermos.
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