Francisco, el Hombre apresenta o melhor álbum de 2021 com ‘Casa Francisco’
Cadu Costa
O que é música? Segundo o Wikipedia, “é uma forma de arte que se constitui na combinação de vários sons e ritmos, seguindo uma pré-organização ao longo do tempo”. Esqueceram de um detalhe: é o que nos toca, o que nos move, o que nos faz pensar, seguir em frente com todas as adversidades, o que, culturalmente faz uma sociedade ter uma história.
Francisco, el Hombre é uma banda brasileira formada em 2013 pelos irmãos mexicanos naturalizados brasileiros Sebastián e Mateo Piracés-Ugarte na cidade de Campinas, São Paulo. A eles se juntaram Juliana Strassacapa, Andrei Martinez Kozyreff e Rafael Gomes. E, assim, está formado um legado que querem deixar para o mundo enquanto músicos. Enquanto música.
A banda tem agora, após a saída de Rafael Gomes, Helena Papini no baixo ao lado de Mateo Piracés-Ugarte (violão e vocal) e Lazúli no vocal e percussão. E o que temos? O melhor álbum de 2021.
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Revolução musical
Lançado nesta quinta (21) em todas as plataformas digitais, Casa Francisco, do Francisco, el Hombre apresenta, desde o início, com “Loucura” e “Coração Acorda”, o ritmo para fazer qualquer um levantar e criar uma revolução musical. Os ritmos já criados com Soltasbruxa (2016) e Rasgacabeza (2019) são muito além de “Triste, Louca ou Má”, seu maior hit.
Em Casa Francisco não há uma única música que não seja perfeita. É um disco pra ser escutado em toda a sua essência e sequência. Num Brasil governado por Bolsonaro, é bom ouvir “Nada Conterá a Primavera”, porque nada conterá esse povo querendo sair e dizer “As flores resistem à tempestade / E cantam por becos, esgotos e bares”. É uma metáfora política. Nós estamos aqui, eles não passarão.
Poesia e dança
Todo o disco tem poesia, tem dança, vontade de cantar junto. Portanto, não se surpreenda se num carnaval pós-Covid, virmos um povo cantar como em “Arrasta”: “Trago movimento, tiro tudo do lugar / Arrasta pra lá, arrasta pra cá / Trago movimento pra energia circular”. Porque a vontade é essa. Esqueça as participações mais que especiais como Céu, Josyara ou Dona Odete. Elas são maravilhosas – sempre seriam – porque elas fazem parte de uma voz. É a voz que o disco emana de todo brasileiro verdadeiramente de bem.
Enfim, ouça Casa Francisco uma, duas, três, trezentas vezes e a sensação é a mesma: Francisco, el Hombre é o som da liberdade. Quero mais, mais, mais e mais. Porque não importa se você tem a “Pele Velha” ou não, seu ‘coração vai acordar’ e não importa a ‘chuva’, “Nada Conterá a Primavera”.
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