Em novo álbum, Limp Bizkit ainda soa a mesma m#%@; e isso é ótimo!

Crescer faz parte da vida. E o nosso tempo aqui passa por várias fases. Nossas relações, nosso jeito, nossos gostos. Tudo muda…ou não, dependendo da sua forma de evoluir. E isso inclui nossas preferências musicais. Quem não teve sua fase de vergonha alheia (Alô, alô, ‘Ragatanga’)?

Quem é do rock, gosta de dizer que sempre gostou de coisa boa, mas não é bem assim quando lembramos, por exemplo, do famigerado New Metal, aquela mistura de peso e rap que fez muito sucesso no final dos anos 90, começo dos 2000. O gênero foi capitaneado por Korn, Deftones, Linkin Park, que tinham as influências de bandas clássicas como Rage Against The Machine, Faith No More e Bad Brains. E, particularmente, era bem maneiro.

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Coleção de polêmicas do Limp Bizkit

Mas outro nome muito forte na época foi o Limp Bizkit, que, na figura polêmica de seu vocalista Fred Durst, sempre chamou atenção mais pelas confusões que se metia do que pelo talento. São notórias as discussões com outras celebridades da era como Christina Aguilera, Eminem, Marilyn Manson e o hoje vencedor de Oscar, Globo de Ouro e Emmy, Trent Reznor, a mente por trás do Nine Inch Nails.

É famosa também a acusação de ter incitado o público no festival Woodstock 1999 quando cantava a música “Break Stuff”. O resultado foi um quebra-quebra com direito a roubos, incêndios e estupros.

Apesar disso, a banda teve grande momentos, principalmente com seus três primeiros discos: Three Dollar Bill, Yall$ (1997); bem como Significant Other (1999); e, por fim, Chocolate Starfish and the Hot Dog Flavored Water (2000). São saudosas suas versões de “Faith”, do George Michael, “Nookie”; assim como a música-tema do filme Missão Impossível 2, “Take A Look Around”.

Still Sucks, o novo álbum do Limp Bizkit

Tudo isso para falar que o Limp Bizkit lançou um novo álbum com o sugestivo nome de Still Sucks (“Ainda a mesma merda”, numa tradução livre). Lançado nas plataformas musicais no último dia 31/10, precisamos dizer: É sim a mesma merda, mas continua bom.

Uma década desde seu último álbum, Gold Cobra, após incontáveis ​​falsos começos, ideias engavetadas, o Limp Bizkit estão de volta em Still Sucks na forma mais Limp Bizkit possível. E isso é sim divertido pois desde a primeira faixa quem acompanhou os caras lá atrás se sentem de volta àquele tempo.

Uma das primeiras coisas que você ouve é Fred Durst gritando ‘DJ Lethal’ na faixa de abertura “Out Of Style”, que soa furiosa e fanfarrona feita para o mosh pit – dirigida pelos riffs do sempre talentoso guitarrista Wes Borland e pelos sons da velha guarda do resto da cozinha.

A música seguinte segue a linha com “Dirty Rotten Bizkit” com o estilo pesado do som que os caracteriza por décadas.

Influências e versões

O single do retorno “Dad Vibes” não soaria fora do lugar no álbum Significant Other. Embora agora sabidamente de meia-idade, especialmente devido ao seu novo visual. “Turn It Up, Bitch” é uma faixa que mostra o Limp Bizkit fazendo sua melhor impressão de Cypress Hill com uma pitada de Daft Punk em uma batida viciante. “Serei o primeiro e último rei do nu metal do lixo”, declara Fred.

E sua forma de transformar clássicos continua a toda com “Don’t Change”, do INXS, para algo muito mais sombrio. Assim como eles fizeram com sua abordagem divisória da já citada “Faith”, em 1997, e com “Behind Blue Eyes”, do The Who, em 2003.

Em outro lugar, “Love The Hate” começa com duas pessoas discutindo seu ódio por Fred Durst: “Ele é o pior rapper branco que já existiu / Você está me dizendo que escuta essa merda?”, um lado da equação pergunta.

“Na verdade, não”, responde Fred Durst, que parece nervoso: “Agora não. Mas quando eu era criança…”

A banda de sempre

É hilário, divertido e até soberbo como a banda sempre foi. O disco termina com uma faixa mais praiana e um anúncio: “Goodbye”. Até quando? Não sabemos.

O Limp Bizkit não pretende reescrever sua história ou alcançar uma nova geração. Eles não se importam se você ainda pensa que eles são uma merda – eles ainda sabem como se divertir e não vão parar.

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Ouça Still Sucks, do Limp Bizkit