Dossiê ‘A Grande Voz’: maior competição online de canto do Brasil finaliza sua terceira edição
Ultraverso
Índices ótimos, estatísticas em upgrade, seguidores bombando. Isso não se pode negar: A Grande Voz, em números, foi um sucesso em sua terceira edição. Mas ela vai muito além disso: a competição é feita de gente repleta de sonhos e de talentos imensuráveis.
A qualidade deste certame, idealizado e organizado pelo carioca Lohan Lage, de 32 anos, é de saltar aos olhos. Em parceria com o designer gráfico e editor de vídeos Luciano Santos, 49, saiu do papel a edição mais bem-sucedida desde a sua temporada de estreia, que aconteceu no dia 9 de agosto de 2016.
“O Luciano foi um parceiro imprescindível nesse processo. Sem ele, essa edição talvez nem acontecesse. Generosidade, competência e entrega”, disse Lohan.
Atributos, por sinal, essenciais para toda a demanda que A Grande Voz traz. A competição é, ainda hoje, um projeto de esforço coletivo sem fins lucrativos. Tanto os organizadores quanto os técnicos, assistentes e jurados convidados atuam na base do amor à música, do entretenimento e claro, de algumas contrapartidas que o evento em si oferece, como um grande networking e muitas amizades.
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Parceiros
O projeto estabelece algumas parcerias visando a premiação. Uma delas, desde a segunda edição, acontece com a escola de música MusicDot, a maior do ramo no universo online.
“A MusicDot, tendo Mari Soter como representante-mor, foi incrível em sua atuação conosco. Acredita demais no projeto”, afirmou Lohan, muito grato.
Além da MusicDot, parceiros como Caio Izel (ICCI Curso de Inglês), Sam (TaonVibe), Raphael Piquet e Guto Goffi (Estúdio Cabeça de Lâmpada), Breno Lima (Arte.Vox), Cris Vicente (Fotografia), Telucazu Editora e o grande compositor Carlos Colla, que concedeu uma canção inédita à vencedora.
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The Voice Online
Até essa edição, um projeto inicial chamado “The Voice Online”, de 2015, ainda era considerado como a edição inaugural.
“Eu fui participante do The Voice Online, um projeto que nasceu no Facebook organizado por amigos. Cheguei a ficar em terceiro lugar na ocasião. O projeto durou só uma temporada e, depois disso, inspirado nesse certame, resolvi criar um novo, com novas dinâmicas, um nome original e novos técnicos e modelos de avaliação. Aí nasceu a Grande Voz, em 2016”, revelou Lohan.
Sendo assim, A Grande Voz foi dissociada desse concurso e se estabeleceu como uma competição original, com dinâmicas super criativas. Um dos grandes diferenciais foi a inserção de jurados convidados – além dos técnicos oficiais. Os jurados – profissionais de renome no meio musical – contribuem com feedbacks e notas aos candidatos.
“Essa inserção enriqueceu muito o projeto. E trouxe um quê de imprevisibilidade, pois são olhares ‘de fora’ que podem quebrar possíveis favoritismos e gerar um rebuliço positivo na cabeça dos técnicos e do público”, completou Lohan.
Júri de peso
Para essa final da 3º edição de A Grande Voz trouxe nomes de peso como os de Roberta Campos, Mayrton Bahia, Carlos Savalla, Selma Fernands, Roberto Menescal, Claudio Nucci, Mari Soter, Carlos Colla e Ariel Coelho ao júri.
Segundo Luciano Santos, “o audiovisual abriu um grande portal de acesso para os artistas anônimos e a internet potencializou isso, gerando oportunidades reais para novos talentos. E o projeto da Grande Voz, com isso, se tornou uma ponte e um grande laboratório de talentos online da música”. O projeto alçou novos patamares nesta edição que foi vencida pela carioca Lola Borges.
Os campeões de A Grande Voz
Agora, oficialmente com três edições (2016, 2018 e 2021), A Grande Voz tem em seu hall de campeões três nomes: Kelvin Bruno (Brasília), Poly Pimpão (Goiás) e Lola Borges (Rio de Janeiro).
A Grande Voz: primeiro campeão
Kelvin Bruno, logo após sagrar-se como o primeiro campeão pelo time da técnica Priscila Borges, foi chamado para o reality da Globo, The Voice Brasil. Nesta terceira edição de A Grande Voz, Kelvin atuou como um dos técnicos e chegou à final com uma representante, a Victória Bertoldo.
Naquela ocasião, Kelvin era tido como o “pacote completo”. Como dizia Priscila Borges, sua técnica à época, “o cara que tem o sex appeal na voz, no olhar e no sorriso”. Sua vitória foi muito significativa partindo do ponto de que, até então, ele era essencialmente um cantor de rua. Frequentava metrôs, praias e sempre teve muito prazer em lidar assim com seu público.
De acordo com Kelvin, A Grande Voz lhe ensinou a ter muita segurança a se portar diante de uma câmera e isso foi um divisor de águas em sua carreira.
Poly Pimpão: segunda campeã de A Grande Voz
Poly Pimpão, primeira mulher campeã pelo time da técnica Lívia Itaborahy, também fez uma participação especial nesta terceira edição como assistente de Kelvin. A cantora defendeu a música brasileira do começo ao fim da competição. Além disso, foi, através de seu canto e seus discursos, sempre muito ativa em sua luta pró-público LGBTQIA+ e pelo feminismo.
A Grande Voz: campeã da terceira edição
Lola Borges, a terceira campeã de A Grande Voz, deu ao técnico Breno Lima seu primeiro título. Mulher preta e moradora de uma das favelas mais violentas do Rio de Janeiro, Lola é mãe de Helena, de três anos, e trabalha em uma clínica odontológica na área administrativa.
Começou a cantar na igreja e tinha seu pai como um grande incentivador. Ela tinha 13 anos quando ele faleceu e, a partir daí, Lola se afastou por um tempo do meio musical. Seu grande sonho é impulsionar e se estabelecer em sua carreira como cantora.
Os técnicos de A Grande Voz
Ao todo, nove pessoas já assumiram a “cadeira” de técnicos de A Grande Voz. Originalmente, a contar da primeira edição, temos quatro nomes que até hoje permanecem: Breno Lima, Emmie Reek, Lívia Itaborahy e Priscila Borges.
Breno e Lívia são ex-participantes do The Voice Brasil; enquanto a drag queen brasileira Emmie Reek fez sucesso no The Voice da Irlanda. Já Priscila Borges marcou história no programa Ídolos, da TV Record.
Os demais foram: Rodrigo Jabah (1ª edição – na época tinha como nome artístico Vitor Oliveira e compunha a dupla Vitor e Vanuti, também ex-participantes do The Voice Brasil); bem como Kevin Ndjana (3ª edição – finalista do The Voice Brasil); Kelvin Bruno (3ª edição – ex-The Voice Brasil e campeão da Grande Voz); Tai Chiaro (3ª edição – ex-The Voice Brasil – atuou como a Madame X, técnica misteriosa que só se revelou no final); e, por fim, Gisele Afeche (2ª edição), cantora que por pouco não participa do The Voice UK.
Gisele, assim como Tai, fez parte de um plot twist na metade da competição, entrando como uma técnica surpresa que montava um time de candidatos já eliminados. Ambas chegaram com um nome cada à final: Gisele com Felipe Monteiro e Tai (Madame X) com Lucas Belgrado. Vamos analisar a quantidade de finalistas que cada técnico conduziu à final até hoje em A Grande Voz:
1º lugar
EMMIE REEK – 6 finalistas (1º ed. – Marlon Fonseca / 2º ed. – Lucas Degásperi e Isadora Fernanda / 3º ed. – Mari Junges, Sahra Stamm e Chelle).
2º lugar
PRISCILA BORGES – 5 finalistas (1º ed. – Kelvin Bruno e Rayara Correia / 2º ed. – Rodrigo Cabral e Nina Guimarães / 3º ed. – Carolina Corrêa)
3º lugar
BRENO LIMA – 4 finalistas (1º ed. – Rebecca Rios e Samuell Sabino / 2º ed. – ninguém / 3º ed. – Lola Borges e Tiago Boca)
4º lugar
LÍVIA ITABORAHY – 2 finalistas (1º ed. – ninguém / 2º ed. – Poly Pimpão / 3º ed. – Alanis Ferreira).
5º lugar
KEVIN NDJANA – 2 finalistas (1º ed. – ninguém – não participou / 2º ed. – ninguém – não participou / 3º ed. – Camillo e João Campelo).
6º lugar
RODRIGO JABAH – 1 finalista (1º ed. – Naiá Gúri / 2º ed. – ninguém – não participou / 3º ed. – ninguém – não participou)
7º lugar
TAI CHIARO – 1 finalista (1º ed. – ninguém – não participou / 2º ed. – ninguém – não participou / 3º ed. – Lucas Belgrado)
8º lugar
KELVIN BRUNO – 1 finalista (1º ed. – ninguém – não participou / 2º ed. – ninguém – não participou / 3º ed. – Victória Bertoldo).
9º lugar
GISELE AFECHE – 1 finalista (1º ed. – ninguém – não participou / 2º ed. – Felipe Monteiro / 3º ed. – ninguém – não participou)
Curiosamente, dos quatro técnicos permanentes e que lideram a lista acima, apenas Emmie Reek ainda não conquistou o título – e foi a técnica que mais levou cantores à final nas três edições de A Grande Voz.
Braço direito de cada técnico em A Grande Voz
E cada técnico possui um braço direito na competição, que é chamado de assistente técnico. O assistente ajuda na tomada das decisões, bem como a estimular o time; e faz substituições quando necessário. Já tivemos os seguintes assistentes ao longo das 3 edições:
1º edição
Alisson Trajano (assistente de Breno Lima)
Camila Teixeira (assistente de Lívia Itaborahy)
Máhmis Costa (assistente de Priscila Borges) – campeão
Alan Pinheiro (assistente de Emmie Reek)
Lourdes Cruz (assistente de Rodrigo Jabah)
2º edição
Camila Teixeira (assistente de Lívia Itaborahy) – campeã
Júnior Almeida (assistente de Priscila Borges)
Marlon Fonseca (assistente de Breno Lima)
Bárbara Sales (assistente de Emmie Reek)
Lincoln Castro (assistente de Gisele Afeche)
3º edição
Poly Pimpão (assistente de Kelvin Bruno)
Laís Yasmin (assistente de Kevin Ndjana)
Marlon Fonseca (assistente de Breno Lima) – campeão
Lugh (assistente de Emmie Reek)
Nina Guimarães (assistente de Priscila Borges)
Gui Lisboa (assistente de Lívia Itaborahy)
Mesa redonda e plot twists em A Grande Voz
A Grande Voz e o termo plot twist possuem bastante afinidade, por assim dizer. Na primeira edição, ao final de determinada etapa (Batalhas Cruzadas), foi revelado que haveria uma repescagem que resgataria mais três pessoas a serem enviadas para o TOP 17.
Os técnicos salvariam uma pessoa, os assistentes outra pessoa e o público salvaria mais uma pessoa em votação. Os assistentes salvaram, na ocasião, Josi Ribeiro. Rayara Correia, que viria a ser finalista da edição, foi salva pelos técnicos. E após uma disputa ferrenha na enquete, voto a voto, entre Alessandra San e Merian Marangon, San levou a melhor e se classificou.
Plot twist da segunda edição de A Grande Voz
Na segunda edição de A Grande Voz, na metade da competição, Gisele Afeche entra em jogo. Havia quatro times e o time de Gisele era formado com os eliminados naquela determinada etapa. O time de underdogs contava também com o assistente técnico Lincoln Castro.
Houve então um remanejamento entre os times e algumas mudanças significativas ocorreram. Como por exemplo, Priscila Borges perdeu Felipe Monteiro para Gisele Afeche (Felipe viria a ser finalista); enquanto Emmie Reek perdeu Rodrigo Cabral para Priscila Borges (Cabral viria a ser o vice-campeão).
Terceira edição de A Grande Voz: novas surpresas
Já na terceira edição de A Grande Voz, o plot twist veio envolto em mistério. Uma técnica misteriosa denominada de Madame X dá as caras, formando, na metade da competição, um time com eliminados.
O esquema foi semelhante ao da segunda edição; no entanto, aqui, ninguém sabia quem era a Madame X. Somente da live da final revelou-se que era Tai Chiaro. Ela, em sua estreia, terminou em terceiro lugar com seu representante Lucas Belgrado (ex-time Kevin Ndjana).
Sobre isso, Lohan Lage, o idealizador dessas “tramas” todas, diz que “os plot twists são essenciais, pois provocam um ar de imprevisibilidade e geram também oportunidades a muitos candidatos que até então já se viam sem esperanças”.
Todas as twists são pensadas no início da competição e algumas aprimoradas ao longo do processo.
Novidades em A Grande Voz
Outras novidades, aliás, que funcionaram desde a primeira edição foram os quadros paralelos ao concurso. Como podcasts, colunas críticas e lives de debates, por exemplo. Nas duas primeiras edições, o responsável por esses quadros foi o jornalista Claiton Czizewski.
Claiton era extremamente comunicativo e seu sarcasmo fazia com que todos amassem odiá-lo. Comandava um podcast semanal que entrevistava técnicos, candidatos e jurados convidados. Além disso, mantinha uma coluna crítica sobre o certame.
Então, devido ao seu falecimento, A Grande Voz inovou ao montar um quadro específico de debates, ou como dizem, uma mesa redonda. Ela formou-se, a princípio, com Mahmis Costa, Camila Teixeira, Rodrigo Dutra e Gisele Afeche.
Camila foi, posteriormente, substituída por Rox Pinheiro. O quarteto comentou todos os episódios de A Grande Voz, adotando uma postura crítica e também regada a muita descontração e risadas.
“Os quadros paralelos à Grande Voz são elementos fundamentais para o sucesso da competição. É trazer à tona a voz do povo, a voz de pessoas que não estão envolvidas diretamente com a burocracia do jogo. E, naturalmente, sentem-se mais à vontade para comentar tudo”, afirma Lohan, reconhecendo a importância da mesa redonda. “O Claiton faz uma falta imensa. É um cara insubstituível, definitivamente”, encerra, lamentando a perda do parceiro no projeto.
Como e quando será a nova temporada de A Grande Voz?
De fato, ainda não se sabe ao certo como e quando, exatamente vai ocorrer a quarta edição de A Grande Voz. No entanto, algumas novidades já podem ser adiantadas: Tai Chiaro, a Madame X, já foi oficializada no quadro de técnicos. Além disso, a dinâmica do “leilão de vozes” nas audições será mantida; bem como a homenagem a um artista brasileiro na final da competição.
A previsão é de que até o final de 2022 sejam divulgados informes sobre a nova temporada de A Grande Voz. Fiquem ligados! Então, para ficarem por dentro de tudo, sigam A Grande Voz no Instagram e inscrevam-se no canal do YouTube.