Snoop Dogg BODR

Snoop Dogg mostra o poder de ser uma lenda em BODR

Cadu Costa

Snopp Dogg tá na área com o álbum BODR! Um dos maiores nomes do hip-hop mundial e grande referência dos anos 90, o americano está de volta à mídia por diferente motivos: tem compra de gravadora, final do Super Bowl, denúncia de agressão sexual e, enfim, lançamento de disco novo. Vem que o ULTRAVERSO te conta tudo sobre o Doggfather!

Primeiramente, vindo de um show antológico na final do Super Bowl – que contou ainda com Eminem e Dr. Dre – Snoop Dogg mostrou como lendas nunca morrem no novo trabalho chamado BODR ou “Bacc On Death Row”. O nome faz referência à compra da lendária gravadora Death Row Records pelo rapper.

A sonoridade

A produção musical é variada, com alguns instrumentais G-Funk, alguns trap – sinalizando que Snoop anda antenado com o novo. E muita influência groovy. Mas o gangsta rap continua presente, já que ele é fruto do seu estilo de vida luxuoso e de sua carreira lendária. E ele soa tão carismático como sempre com o fluxo mais suave do hip hop, o que é refrescante, nos dando seu melhor álbum em anos.

As canções

“Still Smokin’” é uma abertura curta, mas doce, de g-funk produzida pelo DJ Battlecat falando sobre estar de volta, enquanto “Gun Smoke” segue misturando aquele som vintage da costa oeste com alguns tons mais modernos. Porém, é em “Coming Back” que a festa do rap começa. Aqui é Snoop Dogg em seu estilo tradicional com a participação de October London e Nefertiti Avani.

Rivalidade histórica também está em pauta

Além disso, quando você solta um trecho de “Conflicted”, a sensação é de muita viagem no tempo. Você pode imaginar se os rappers da costa leste e os rappers da costa oeste realmente se dessem bem nos anos 90? Imagine o quanto de música boa teríamos. Aqui temos Nas, da costa leste, e Snoop Dogg, da costa oeste. Os versos são suaves, os refrões grudam e as batidas são o melhor de muita coisa feita hoje em dia.

No entanto, “Daddy” já mostra como Snoop Dogg é uma referência eterna para nova geração de rappers. Por isso, é importante ressaltar que em BODR , Snoop brinca com vários estilos diferentes, soando natural em cada um.

Alguns dos momentos mais sinceros deste álbum estão em “Got Keep Pushing”, “We Don’t Gotta Worry No More” e “Snoopy Don’t Go”. As batidas, as rimas convidadas, os refrões, tudo é absolutamente dançante, fresco e nostálgico ao mesmo tempo.

Conclusão

Por fim, não há muito mais o que versar aqui. São 18 músicas e 53 minutos do melhor álbum de Snoop Dogg em muito tempo e é ótimo vê-lo retornar. Ele não é mais a opção número um, mas ainda sabe como usar sua influência para nos fazer apertar o play em qualquer coisa que faça. Então ouça e retorne no tempo e nunca se esqueça do que as lendas são feitas. Aliás, vai comprar algo na Amazon? Então apoie o ULTRAVERSO comprando através do nosso link: https://amzn.to/3mj4gJa.

Ouça, enfim, toda a versatilidade de Snoop Dogg em BODR:

Cadu Costa

Cadu Costa era um camisa 10 campeão do Vasco da Gama nos anos 80 até ser picado por uma aranha radioativa e assumir o manto do Homem-Aranha. Pra manter sua identidade secreta, resolveu ser um astro do rock e rodar o mundo. Hoje prefere ser somente um jornalista bêbado amante de animais que ouve Paulinho da Viola e chora pelos amores vividos. Até porque está ficando velho e esse mundo nem merece mais ser salvo.
NAN