A Banda dos Corações Partidos Canções de Ódio Ressentimento e Abandono crítica do álbum

Capa: Vanessa Passos

A Banda dos Corações Partidos retorna com força em ‘Canções de Ódio, Ressentimento e Abandono’

Wilson Spiler

Oito anos depois de um ótimo pontapé inicial com um álbum homônimo e quatro anos do lançamento do EP Desamor, A Banda dos Corações Partidos retorna aos holofotes com o ótimo segundo disco Canções de Ódio, Ressentimento e Abandono, lançado nesta sexta-feira (6) em todas as plataformas digitais de música.

Aqui, o quinteto sergipano desconstrói e dilacera o amor com letras e melodias que acompanham a força do título do trabalho. As composições e o som escancaram as muitas possibilidades do amor visceral, aquele amor íntimo, profundo e desnudo, apartado da aura romântica enquanto um fetiche da sociedade patriarcal.

Com 12 canções plurais, Canções de Ódio, Ressentimento e Abandono explora distintas sonoridades, intensidades e teatralidades. Afinal, trata-se de uma coleção de músicas entremeadas entre a fúria e a paz; com o peso distorções e cadenciado por brasilidades.

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Dor e paz

A voz impactante e versátil de Diane Veloso ajuda a desfilar por esses acessos de caos e tranquilidade. Afinadíssima e com uma potência vocal arrebatadora, a cantora fica muito à vontade para passear por esses sentimentos, sentindo na carne cada palavra e transpondo isso perfeitamente para o ouvinte.

A música de abertura “Síndrome do Coração Partido” já é uma síntese da banda e do que veremos à frente nas demais canções do disco. As palavras proferidas lindamente da boca de Diane com a força necessária para versos tão fortes como “o peito ainda bate” em momentos de puro silêncio, deixa, de fato, o sentimento de amargura que pede a letra.

Em seguida, “O Peso do Mundo É o Amor” mantém o alto nível de “sofrência” e qualidade musical da Banda dos Corações Partidos. O disco vai prosseguindo com canções de arrepiar, em uma sensação de desabafo, que a cada frase vai se tirado um (enorme) peso das costas.

Canções de Ódio, Ressentimento e Abandono, da Banda dos Corações Partidos, é um disco de indie rock, onde talvez essa vibe seja mais sentida em “Barreada”, principalmente em seu início, mas também usa e abusa de inspirações da música brasileira.

Um disco plural e inconsequente, no melhor sentido da palavra. Isso porque não se apega a rótulos ou ao que o mercado pede. Independente e sem dúvida de que o caminho certo é o que eles escolheram.

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Ouça o álbum Canções de Ódio, Ressentimento e Abandono, da Banda dos Corações Partidos

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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