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Fotos: Rock in Rio / Divulgação

Música eletrônica dita ritmo de uma noite diferente no Rock In Rio

Cadu Costa

Além do rap, o sábado do Rock In Rio 2022 reservou um espaço para a música eletrônica: primeiramente com o brasileiro Alok e depois com o estadunidense Marshmello.

Se você quiser entrar na discussão se apertar botões é de fato fazer música, saiba que pode ser que esteja certo. No entanto, vai depender de quem está ouvindo. A princípio, com públicos parecidos, não foi na mesma vibe que ambos encararam o palco.

DJ ‘luzes e smartphones’ Alok

Primeiro a tocar no Palco Mundo do Rock in Rio 2022, o DJ Alok apresentou um show pensado mais nas pirotecnias e identidade visual que na música em si. Mas seu público é forjado em uma nova era onde isso que faz as pessoas dançarem é apenas um detalhe. Não se viu até o momento um show com tantos celulares ligados.

Isso se explica porque assistir uma apresentação de Alok não é necessariamente para ouvir música. É preciso transmitir, postar, compartilhar. Se depender da internet envolta na Cidade do Rock, a missão pode não ter sido bem-sucedida.

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Marshmello proibidão

Marshmello é um DJ mascarado que ninguém sabe ao certo a identidade, apesar de ser apontado como sendo o produtor Christopher Comstock. Sua entrada no palco Mundo veio debaixo de uma chuva que pode ter diminuído o ânimo de um público aparentemente não tão empolgado quanto o enigmático tocador de discos – ou pen drives.

Apesar de um set focado em batidas eletrônicas feitas para o tradicional pula-pula, não foi bem isso que aconteceu. No entanto, é preciso ressaltar que Marshmello tem carisma e conhecimento do que toca por aqui ao meter um funk proibidão no meio de seu repertório. Aliado à máscara fofinha do doce de onde seu nome é inspirado, até dava vontade de ficar mais tempo. Mas no meio de uma chuva que apertava, o carinho fica para outro momento.

Por fim, fica a dúvida: se já existe um palco focado em música tocada por DJs – O New Dance Order – para que contratar Alok e Marshmello para um Palco Mundo no Rock in Rio? Com certeza, nomes mais consagrados poderiam fazer valer um ingresso tão caro. Mas por ora, é isso que temos. Ficar satisfeito, é outra história.

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Cadu Costa

Cadu Costa era um camisa 10 campeão do Vasco da Gama nos anos 80 até ser picado por uma aranha radioativa e assumir o manto do Homem-Aranha. Pra manter sua identidade secreta, resolveu ser um astro do rock e rodar o mundo. Hoje prefere ser somente um jornalista bêbado amante de animais que ouve Paulinho da Viola e chora pelos amores vividos. Até porque está ficando velho e esse mundo nem merece mais ser salvo.
NAN