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Tulsa King crítica da série temporada 1 Paramount Plus 2023 Sylvester Stallone

Carisma de Stallone é o grande trunfo de ‘Tulsa King’

Bruno Oliveira

Você pode até não gostar, mas nunca poderá dizer que Sylvester Stallone não é um astro. O ator criou sua fama com a franquia “Rocky”; foi um grande herói de guerra em “Rambo”; passou por uma certa decadência, mas soube se reinventar de forma brilhante, e tudo o que faz gera um mínimo de curiosidade para ser assistido.

Na temporada 1 de Tulsa King, vemos o notório ator em sua primeira empreitada numa série produzida e exibida pela Paramount+. A produção não chega a ser a melhor obra do mundo, mas vai entreter de uma forma satisfatória.

Sinopse

Dwight “The General’ Manfredi (Stallone) é um alto membro da máfia que ficou preso por 25 anos por um crime que não cometeu.

Ao sair da prisão, ele busca recompensas pela lealdade e pelo tempo perdido, mas a única coisa que recebe é o território de Tulsa, Oklahoma, um lugar onde, aparentemente, a honestidade prevalece e não tem muitos problemas com a lei. O personagem vai contrariado, mas logo percebe que a região é um bom lugar para crescer novamente no reino do crime.

Carisma de Stallone

A grande verdade é que só comecei a ver essa série porque sou grande fã do Stallone. Qualquer coisa que ele faça, estarei ali de butuca curtindo silenciosamente. Para a minha surpresa, Tulsa King é bem melhor do que eu esperava, apesar de possuir alguns problemas que me irritaram, principalmente no seu final.

Podem falar o que quiser de Stallone, mas o astro leva a série nas costas. Nem digo isso por sua atuação, mas por sua presença, que ofusca qualquer um, e por um roteiro que brilha ao lhe conferir falas excepcionais.

Mas, enquanto o texto brilha nos diálogos para o Stallone, em contrapartida, decepciona demais quando falamos do escopo no geral. Como mencionei, o seu final é corrido e muitas coisas não fazem sentido. Toda a tensão criada com a máfia desde o início é resolvida em uma cena em que nada acontece de verdade. Fomos envolvidos por um embate final que não ocorre.

Temos a gangue dos motoqueiros que acabam sendo os grandes vilões dessa temporada e são derrotados por serem burros e pelo roteiro simplesmente estar do lado de nosso herói. Não vou nem tocar no assunto do cara que vira hacker do nada e que consegue limpar as contas do líder da gangue.

A grande força dessa série são os laços que o protagonista vai criando quando chega em Tulsa. Logo vemos que Dwight, apesar de ser um bandidão bem casca grossa, também é gentil e justo com os que o cercam. Essa faceta é que dá o ar da graça à produção.

Isso se intensifica mais quando ele perde seu irmão e tenta se reconectar com a filha que não vê há 25 anos. A psique por trás do personagem é boa e o torna imediatamente em um protagonista deveras interessante.

Conclusão

Tulsa King não é o tipo de série que será um sucesso por aí e comentada por todos. Ela possui um escopo pequeno e é bem contida. Está muito longe de ser perfeita, mas, mesmo assim, consegue divertir bastante a quem for assisti-la.

Essa primeira temporada possui apenas nove episódios e uma segunda já está confirmada e, provavelmente, a última. Agora basta esperar o que acontecerá após os desdobramentos desse seu final que nos deixou um grande gancho para o futuro.