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Volte Sempre crítica do filme Netflix 2023 (1)

‘Volte Sempre’ e eternamente

Bruno Oliveira

Volte Sempre (Encontro Lo Que Buscaba?) é a mais nova película mexicana que está chegando agora na Netflix. Com a direção de Yibran Asuad (“Todas as Sardas do Mundo”) e estrelado por Álvaro Guerrero (“Amores Brutos”), nós temos a história de um senhor de idade que já viveu as glórias do rock and roll e que vive preso nesse mundo.

Posso adiantar que esse filme é um daqueles para preencher catálogo na locadora vermelha. Nem bom, nem ruim, é apenas uma história que nos faz passar o tempo em algum momento de ócio.

Sinopse

Um roqueiro (Álvaro Guerrero) das antigas aposentado vive com seus amigos de forma simples e sem tanta emoção. Um dia, ele recebe um convite de seu antigo trabalho para ser homenageado pelos seus feitos.

A animação para ver um amor do passado se renova. O problema é que ele não tem dinheiro para ir ao local informado. Rapidamente, arruma um emprego como empacotador em um supermercado e, a partir daí, fará vários trambiques para somar o dinheiro necessário para encontrar a sua antiga amada.

Nem aqui, nem acolá

A princípio, nosso protagonista se mostra uma daquelas pessoas que não dá para se ter empatia de jeito nenhum. Logo, se mostra como um trambiqueiro daqueles e com o poder de lábia que é capaz de convencer qualquer um a teu lado. Essa malandragem junto com uma certa grosseria faz com que não simpatizemos com ele. Lógico que aos poucos entendemos suas razões e convicções, e vemos que ele não é tão ruim assim.

Essa percepção só começa a mudar através do personagem interpretado pelo ator Eduardo Minet (“Cry Macho: O Caminho Para Redenção”). Ele é o único que consegue ver o quanto nosso protagonista é um safado de marca maior.

Mas é por causa dele também que conseguimos ver o lado mais humano e por isso aceitá-lo um pouco melhor. Quando eles começam a ter um relacionamento como amigos de verdade é que as dinâmicas começam a funcionar.

Apesar de ter algumas nuances boas sobre relacionamentos e sobre o que fazemos com as nossas vidas, ele não foi uma história que conseguiu me cativar. Assisti completamente no piloto automático.

O final nos traz uma carga emocional até grande se comparado a leveza de toda a projeção. Mesmo assim, não me abalou e acabei a projeção com um sentimento de vazio no peito. Não me trouxe nada de verdade e nem provocou se quer algum tipo de sentimento em mim, seja ele bom ou ruim.

Conclusão

Dificilmente eu recomendaria Volte Sempre! para alguém. Não acho que seja um filme bom na comédia e nem no drama. Ele não consegue fazer bem nem um nem o outro. Prefiro dizer que me sacrifiquei para vê-lo no seu lugar para você não perder seu tempo.

Exageros à parte, acredito que o filme possa agradar um pequeno grupo de pessoas que não precisa de algo sempre grandioso e demasiado inteligente para ser feliz vendo um filme.