‘Indiana Jones e a Relíquia do Destino’ é um filme mediano, mas irá divertir
Bruno Oliveira
A franquia Indiana Jones certamente está na minha lista de favoritas. Os três primeiros filmes assisti quando ainda era criança e desde então foram obras que ficaram marcadas na minha memória como sinônimo de diversão e aventura. Todos eles dirigidos por Steven Spielberg (Jurassic park) e produzidos e roteirizados por George Lucas (Star Wars), além da trilha sonora magistral de John Williams (Tubarão). Impossível dar errado. O quarto filme de 2008, ‘Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal‘, mantém os principais envolvidos, mas não tem o mesmo glamour e a mesma emoção de seus antecessores. Características estas que são mantidas agora em ‘Indiana Jones e a Relíquia do Destino‘, novo filme que não traz os seus idealizadores originais.
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Nosso querido professor, e arqueólogo, Indiana Jones (Harrison Ford) vive agora uma vida de ostracismo e está prestes a se aposentar. O mundo parece não se importar mais com ele, e em um dia comum sua afilhada, Helena (Phoebe Waller-Bridge), reaparece lhe oferecendo uma oportunidade para voltar às velhas aventuras do passado. O que ele não sabe é que essa nova empreitada trará de volta um antigo inimigo. Agora, ele precisa colocar seu chapéu e pegar seu chicote para evitar que uma relíquia poderosa da história não caia em mãos indevidas.
Entre acertos e erros
Esse novo capítulo da vida de Indiana Jones me trouxe uma mistura de sentimentos. Feliz por estar vendo um icônico personagem de volta e ao mesmo tempo analisando que essa nova obra tenta respirar de clichês do passado que talvez não funcionem tão bem hoje. É difícil dizer certas coisas, mas é preciso lembrar que Harrison Ford já tem 80 anos. Sim, 80 anos. Não tem como levar esse senhor para fazer um filme desse porte com o tanto de ação que essa película exige. O resultado disso são algumas cenas que claramente são limitadas devido a idade avançada de nosso protagonista.
Ainda assim, o diretor James Mangold (Logan) consegue fazer um bom trabalho e nos entrega algumas cenas muito boas, vide a perseguição pelas ruas de Marrocos, que é minha preferida, e por ter toda a essência do que é um longa sobre Indiana Jones. Em contrapartida, o roteiro não ajuda muito. Ele possui muitas facilitações e tem algumas resoluções medíocres sobre um artefato milenar que possui suma importância. Além de que não explicam como o personagem de Mads Mikkelsen (A Caça) sobreviveu a uma morte certa no passado, e colocam a nova criança da aventura como a responsável por matar o maior brutamontes que a franquia já viu.
Tenho que mencionar os personagens que estão ali e não mudam em nada a narrativa, ou seja, claramente tacados sem função nenhuma. Entre eles estão Antonio Banderas (A Pele que Habito), Shaunette Renée Wilson (Pantera Negra) e Boyd Holbrook (Sombra Lunar). Todos desperdiçados.
Phoebe Waller-Bridge é a melhor coisa no longa
Ele não é só problemas, logicamente possui suas qualidades que também precisam ser enaltecidas. Sua cena de abertura é incrível e eu diria que é Indiana Jones na veia. É o nosso protagonista contra nazistas na essência. Nessa sequência, temos o uso do rejuvenescimento do Harrison Ford e do Mads Mikkelsen e, embora a tecnologia ainda não esteja perfeita, ainda assim é incrível de ver e um pouco assustador.
E a maior qualidade nele, ao meu ver, é a inclusão da Phoebe Waller-Bridge (Fleabag) no elenco. Ela é incrível demais. Caiu como uma luva na história. Uma picareta de bom coração que entrou dando todo o gás que a história precisava. Não acho que a franquia Indiana Jones vá continuar após esse título, porém, um derivado com sua personagem tem que ser pelo menos cogitado e eu compraria fácil essa ideia. Dela ao lado do menino Teddy (Ethann Isidore).
Conclusão
No geral, ‘Indiana Jones e a Relíquia do Destino‘ não chega aos pés de seus três longas originais, mas ainda dá para divertir. Referências a aventuras passadas e a aparição de alguns personagens clássicos te fazem dar aquele sorrisinho no rosto. Não tem como não ficar feliz com o chapéu e o chicote juntos a Harrison Ford. Pode ser que no final a nostalgia te pegue de vez e uma lágrima ou outra possa escapar. Apesar de tudo isso, ele não passa de um longa mediano que vai divertir, mas que não será memorável.
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Trailer – ‘Indiana Jones e a Relíquia do Destino’
Ficha Técnica
Título original: Indiana Jones and the Dial of Destiny
Direção: James Mangold
Roteiro: Jez Butterworth, John-Henry Butterworth e David Koepp
Elenco: Harrison Ford, Phobe Waller-Bridge, Karen Allen, Mads Mikkelsen, Boyd Holbrook, John Rhys-Davies, Antonio Banderas, Toby Jones, Olivier Richters, Thomas Kretschmann, Shaunette Renée Wilson, Ethan Isidore
Onde assistir: Cinemas
Data de estreia: 29 de junho de 2023
Duração: 154 minutos
País: Estados Unidos
Gênero: Aventura
Ano: 2023
Classificação: –
Bruno Oliveira
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