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Leia o review do game Teocida + Estigma - Ultraverso

Teocida + Estigma: você não perde nada ao passar longe destes jogos

Felipe de Andrade

Bizarro, perturbador e grotesco! Esses e outros adjetivos do tipo podem ser direcionados ao mais novo pacote de jogos lançados para consoles pela brasileira QUByte Interactive, que vem se especializando em relançar games antigos e independentes para as plataformas atuais, acessíveis a toda uma nova geração de jogadores.

Teocida

“É um jogo de plataforma de terror psicológico com visuais sombrios e psicodélicos.”

Após um tutorial colorido e descontraído, o jogo em si tem início e adentramos a um “programa de análise metafísica”, que é como o título faz referência a si, o que quer que isso signifique.

Nele a Matriarca deve realizar alguns objetivos para que possa devolver a glória a um ser supremo há muito esquecido. Para isso deve explorar um mundo distorcido repleto de quebra-cabeças e paisagens sinistras que misturam símbolos variados de fé com pesadelos eróticos, resultando em um visual único e perturbador.

O jogo possui mecânicas de quebra-cabeça bastante desafiantes e faz uso de uma jogabilidade com dificuldade acima da média para aqueles que tiverem paciência, ou estômago, para aturar algumas horas de coisas sem sentido e bizarras sendo mostradas na tela.

Para os mais sensíveis que quiserem desbravar o estranho mundo de Teocida, foram inseridos avisos de que ele pode causar ataques epiléticos para os fotossensíveis e que contém questões sensíveis e controversas. Além disso, existe um filtro de conteúdo em que o jogador pode seguir com a experiência sem cortes ou ativar o filtro de conteúdo sugestivo que dá uma amenizada no que é mostrado na tela, reduzindo o conteúdo que pode ser considerado impróprio.

O título também possui algumas opções gráficas que ativam ou tiram ruídos de interferência (quem jogou videogame e TV de tubo com sintonia ruim sabe o que estou dizendo), efeito de simulação de tela CRT antigas, aberração cromática, visual que simula gráficos em 16 bits, efeitos de iluminação e aceleração de velocidade.

Game traz figuras religiosas distorcidas. Teocida + Estigma Review – Foto: Reprodução / QUByte Interactive.

Estigma

“É um jogo de quebra-cabeça e ação com uma estética de terror surrealista, onde qualquer coisa pode te matar!”

Com o gameplay mais simples que o outro jogo do pacote, controlamos um mascote deformado dentre vários desafios seguidos em um mundo distorcido, que combina objetivos simples como completar todo o mapa andando por ele, com a necessidade de desviar de agulhas, olhos, fetos e coisas de tipo, para não morrer.

Jogo curto e desafiador com duas opções de dificuldade que garantem algumas horas de desafios e bizarrices. Ainda com direito a figuras religiosas distorcidas, mortes repetitivas e mecânicas quebradas.

Em ambos os casos temos um visual em Pixel Art bem estilizado. Assim, em Teocida é mais elaborado devido à complexidade do título, quando comparado ao Estigma. Ainda que os títulos busquem ser impactantes e bizarros, fazem pouco para entreter e divertir por horas seguidas. Portanto, se você não é fã do estilo visual utilizado nas duas obras, pode se decepcionar.

Outro fato estranho é que os títulos são desenvolvidos por um brasileiro mas não possuem legendas em PT-BR. O que poderia tentar aumentar a aderência do título aqui no seu país de origem.

Títulos chegam aos consoles. Teocida + Estigma Review – Foto: Reprodução / QUByte Interactive.

Veredito

Teocida + Estigma trás dois títulos que causam impacto visual com o conteúdo sensível e grotesco, mas que pouco fazem para divertir.

Suas bizarrices podem agradar a um nicho de jogadores. Entretanto, a grande maioria da comunidade não perde nada ao passar direto por esses jogos de terror de gosto duvidoso.

Por fim, não deixe de acompanhar o UltraCast, o podcast do Ultraverso que fala sobre Cultura Pop:

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