Mamonas Assassinas – O Filme preserva o legado da banda que marcou uma geração
Bruno Oliveira
Só quem viveu em meados dos anos 1990 entende o real fenômeno que foi o sucesso dos Mamonas Assassinas. Em apenas 8 meses – sim, 8 meses, eles marcaram uma geração que é capaz de ainda cantar suas músicas e sempre querer dançar ao escutar o som da banda, seja lá onde for. Ao mesmo tempo que o sucesso deles foi rápido, o fim veio de forma cruel que marcou a todos que sentiam o mínimo de empatia. Lembro de ter ficado extremamente triste com a morte deles e ainda fico abismado em como o sucesso deles repercute até hoje. Mamonas Assassinas – O Filme chega, não para lembrar da tragédia, mas sim para lembrar o quanto eles eram amados por todos.
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Mamonas Assassinas – o Filme nos faz acompanhar a trajetória de Dinho (Ruy Brissac), Júlio Rasec (Robson Lima), Bento (Alberto Hinoto), Sérgio Reoli (Rhener Freitas) e Samuel Reoli (Adriano Tunes) desde os tempos que a banda deles era conhecida como Utopia. Passando por vários perrengues diários, vemos aos poucos como eles saíram de uma vida comum para o estrelato em questão de segundos. Uma história que mostra que o impossível não existe.
Foco na trajetória até o estrelato
É importante salientar que o foco desse filme não é mostrar a tragédia, e sim toda a trajetória que esses meninos de Guarulhos tiveram que passar para chegar ao sucesso como os Mamonas Assassinas. Eles tocam sim nesse assunto lá para o final, mas não é sobre a morte deles, e sim sobre a vida. Com isso, vemos todos os causos que se sucederam nos últimos cinco anos de vivência. Vemos que o Dinho tinha uma estrela que brilhava forte e que era um maluco daqueles.
Muitos problemas latentes
Tudo é mostrado de uma forma divertida que te faz rir, mas é preciso mencionar os problemas bem latentes na obra. Esse longa tem uma cara de que foi pensado como uma minissérie e visivelmente vemos traços novelescos nele. Digo isso, pois o número de causos colocados aqui, embora divertidos, param a trama. A quantidade gigante de cortes na edição dá um ar de que ele foi todo picotado. Além de que algumas cenas parecem muito mal dirigidas e com um acabamento bem pobre com resoluções pífias e com algumas atuações muito abaixo do esperado. O brega também dá as caras e temos umas situações muito desnecessárias a ponto de me perguntar se isso deveria mesmo estar ali.
Um bom elenco, mas nem tanto
Impossível olhar para o ator Ruy Brissac e não confundir com o Dinho da vida real. Eles são realmente muito parecidos, não à toa ele foi o Dinho nesse filme como na peça musical. Além dele, o ator Adriano Tunes que vive o Samuel Reoli aqui, viveu o Júlio Rasec nesse mesmo musical. A última curiosidade fica para Alberto Hinoto, que vive o Bento, ser sobrinho do Bento na vida real. A química entre eles é bem boa, mesmo que um ou outro deixe a desejar entre uma cena e outra.
Conclusão
Mamonas Assassinas – O Filme foi feito para preservar o legado da banda que marcou uma geração inteira. Possui muitos problemas de produção, mas que mesmo assim consegue nos deixar empolgados com seus momentos chave. Sempre me pergunto se eles ainda estariam fazendo sucesso ainda hoje caso não tivessem morrido. A verdade é que a resposta não importa. O que importa é tudo o que eles representaram para cada um de nós que até hoje os mantemos na memória como se ainda estivessem por aqui. O final emociona e nos dá saudade dos Mamonas Assassinas.
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Trailer de Mamonas Assassinas – O Filme
Ficha Técnica de Mamonas Assassinas – O Filme
Título original: Mamonas Assassinas – O Filme
Direção: Edson Spinello
Roteiro: Carlos Lombardi
Elenco: Ruy Brissac, Robson Lima, Alberto Hinoto, Rhener Freitas, Adriano Tunes, Ton Prado
Onde assistir: Cinemas
Data de estreia: 28 de dezembro de 2023
Duração: –
País: Brasil
Gênero: Drama, Comédia, Cinebiografia, Musical
Ano: 2023
Classificação: 12 Anos