Angra: saiba como foi o show no Circo Voador - Ultraverso

Banda comemora três décadas de sucesso - Foto: Divulgação

Angra celebra lançamento do álbum Cycles Of Pain com show incrível

Bruno Oliveira

O Angra é um dos maiores expoentes do metal nacional e em 2023 completou nada mais nada menos do que 32 anos de história. Essa nova turnê do grupo promove o seu excelente atual disco, Cycles Of Pain, além de comemorar as três décadas de sucesso. Com isso, o setlist do show foi composto por músicas de seu atual álbum, além de um apanhado de toda a carreira da banda.

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A atual formação conta com Rafael Bittencourt (guitarra e único membro original), Felipe Andreoli (baixo), Fabio Lione (vocal), Bruno Valverde (bateria) e Marcelo Barbosa (guitarra).

Innocense Lost

Antes do show principal, a banda carioca Innocense Lost teve a honra de abrir os trabalhos dessa noite de muito calor no Rio de Janeiro. Já com bastante gente dentro da lona, eles botaram o Circo Voador para tremer. Com sua atual formação formada por Mari Torres (vocal), Aloysio Teixeira (teclados), Gui DeLucchi (guitarra), Heron Matias (bateria) e Ricardo Haquim (baixo), a banda trouxe um prog metal bem trabalhado com toques ali e aqui bem sinfônicos e que flerta bastante com o power metal. Melhor escolha para essa honraria que é abrir para o Angra. A banda foi completamente competente e mostrou que pode ser um novo expoente no metal nacional.

Angra

Com um pequeníssimo atraso de alguns minutos, o Angra subiu ao palco e já destruiu tudo começando com ‘Nothing To Say’ que para mim é a melhor música da banda. Covardia comigo e com muitos que estavam ao meu lado. Vale mencionar que já tenho uma certa idade e por vezes me esqueço disso. Dito isso, lá estava eu no meio da galera fazendo parte de uma roda em que não queria estar, mas que não tinha muita opção e fiquei por ali por bastante tempo do show.

Após esse início “covarde”, o setlist se seguiu com ‘Final Light’ e as novíssimas ‘Tide of Changes Parte 1 e 2’, que para minha surpresa, mesmo sendo bem novas, o público entoou como se já fosse um clássico de eras. Um lindo momento. Uma pequena pausa e veio outra covardia: ‘Angels Cry’. A música que dá nome ao primeiro álbum da banda e que fez todo o Circo Voador ser um só. Impossível ficar parado e o melhor a fazer era ir a favor da corrente e pular junto com todo mundo.

Em seguida vieram as novas ‘Vida Seca’ e ‘Dead Man on Display’. A primeira conta com a participação de Lenine na gravação original, mas aqui sua parte foi cantada por Rafael e Fábio, e posso estar enganado, mas tive a impressão de que Fábio errou a letra aqui. Deixa pra lá. A segunda é uma das poucas da nova leva de músicas que não gostei muito, mas que conseguiu agitar a galera de forma frenética. ‘Rebirth’ veio em seguida e deixou os marmanjos emocionados. Que música incrível. Uma das minhas favoritas.

To velho e sem saúde

Nunca fui um fã da música ‘Morning Star’, mas devo dizer que ela me emocionou ao vivo e saí de lá fã dela. Sinal de que a experiência ao vivo é muito melhor e sem comparação. Tava tudo bom e tudo muito feliz, mas foi nesse momento que o peso da idade bateu. Muito calor, o joelho começou a reclamar e decidi ir lá pra trás. Esse detalhe me fez perceber algo negativo. O show estava lotado, os ingressos esgotaram e percebi que quando está “sold out” ficar lá atrás no Circo Voador é terrível. Estando fora da lona, a potência sonora diminui e a emoção que estava tendo lá dentro deu uma diminuída. Nada que me fizesse desanimar. As novas e boas ‘Here in the Now’ e ‘Ride Into the Storm’ vieram e acabaram por terminar a primeira parte desse show.

Homenagem a André Matos

Rafael Bittencourt voltou ao palco sozinho para tocar duas músicas em versão acústica. Antes de começar, ele mencionou o eterno maestro André Matos, que nos deixou em junho de 2019 e que fez parte do Angra em seus três primeiros álbuns. Elas seriam uma homenagem a ele, impossível não se lembrar e se emocionar. Com isso, Rafael tocou e cantou em ‘Lullaby for Lucifer’ e após essa, chamou Fabio Lione de volta ao palco para acompanhá-lo em ‘Gentle Change’. Duas belíssimas músicas que André Matos arrebentava e mostrava toda a sua potência vocal.

Segundo set

A banda toda voltou para tocar ‘Cycles of Pain’, música que dá nome ao novo álbum e devo dizer que ela é belíssima, principalmente em seu refrão chiclete que mesmo acabando nos deixa cantarolando. Logo veio ‘OMNI – Silence Inside’ e devo dizer que não me importo com ela. Se tirasse do setlist eu não ligaria, desculpa para quem gosta. Depois dela veio a maravilhosa ‘Bleeding Heart’ que fez todo mundo cantar, inclusive a versão em português feita pelo grupo de forró eletrônico Calcinha Preta que em sua versão se chama ‘Agora Estou Sofrendo’. Me fez rir e cantar junto também. Para acabar tudo antes do famoso bis, a banda encerra com ‘Waiting Silence” fazendo todo mundo cantar a plenos pulmões.

A covardia veio em peso

O show estava ótimo, lindo e tudo de bom. Mas faltavam as músicas em que o fã sai de casa esperando por elas. Assim, o Angra voltou com ‘Carry On’, o maior sucesso da carreira deles e não decepcionou. Todos cantaram e pularam nela como se o mundo dependesse disso. Ainda não estava perfeito e vieram com ‘Nova Era’ para acabar coroando essa noite incrível, dessa banda que mora em nossos corações. Faltou alguns clássicos? Sim, sempre falta, mas ainda assim foi lindo demais. Obrigado a Tomarock Produções, que nos proporcionou esse grande evento no Rio de Janeiro.

Ponto negativo

Como ponto negativo ficou a experiência de ver fora da lona. Muito ruim. Diversas pessoas estavam lá simplesmente desistiram. Muita gente ficou sentada olhando para um telão sem som enquanto bebia suas cervejas e jogava conversa fora. Para quem estava dentro, estava tudo ótimo.  Já quem não conseguiu ficar na parte interior, não se divertiu tanto.

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Setlist Innocense Lost

Of Men’Fall

Dark Forest

Fallen (disponível nas plataformas digitais)

Wake Up (disponível nas plataformas digitais)

Iris (disponível nas plataformas digitais)

The Trial

The River

Oblivion

P.s.: todas as músicas estarão presentes no álbum que será lançado em março de 2024

Setlist Angra

Nothing to Say

Final Light

Tides Of Changes – Part I

Tides Of Changes – Part II

Angels Cry

Vida Seca

Dead Man on Display

Rebirth

Morning Star

Here in the Now

Ride Into the Storm

Acústico

Lullaby for Lucifer

Gentle Change

Segundo setembro

Cycles of Pain

OMNI – Silence Inside

Bleeding Heart

Waiting Silence

Bis

Carry On

Nova Era

Bruno Oliveira

NAN