Guia de leitura para as sagas adaptadas em X-Men ‘97
Pedro Marco
Ler os quadrinhos dos X-Men nunca foi uma tarefa muito fácil. Desde os primórdios, onde a revista acabou sendo cancelada e teve histórias reescritas e/ou expandidas, até o auge da equipe com cinco títulos saindo em paralelo, os leitores sempre precisaram de um certo norte de onde achar as principais histórias.
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Conforme as primeiras temporadas da animação adaptaram de forma livre o período comandado por Stan Lee e Jack Kirby, intercalados com os grandes clássicos de Chris Claremont e John Byrne, a nova temporada dá sequência aos clássicos começando em 1982, com a morte de Charles Xavier.
Não seria a última vez que o telepata morreria nos quadrinhos, mas em Uncanny X-men 167 seria o primeiro grande impacto. A revista fazia parte da histórica Saga da Ninhada (adaptada parcialmente na primeira fase da animação), e traz a trama inicial apresentada nesta temporada. Xavier morto, Magneto encarregado de cuidar dos mutantes, e ainda de brinde, a apresentação do brasileiro Mancha Solar. Essas edições foram compiladas recentemente em Marvel Epic Collection – Novos Mutantes: Renovação.
De volta das Cinzas
Logo na sequência, entre as edições 168 e 176, temos o arco “De Volta das Cinzas”, com Jean Grey ressurgindo misteriosamente após a saga da Fênix Negra, e a descoberta de que se trata na verdade do clone rebatizado como Madelyne Pryor. Um dos maiores momentos da história dos mutantes e que foi republicado nas primeiras edições da Saga dos X-men pela Panini.
Neste período, os mutantes participaram da famigerada Guerras Secretas, houve o relacionamento de Colossus e Kitty Pryde, Wolverine retornando ao Japão, e mais algumas histórias paralelas que talvez ainda vejamos na série. O importante, no entanto, é o arco entre as edições 185 e 199 (compiladas em Saga dos X-men 4 e 6), onde uma rajada acidental de Forge acaba deixando Tempestade sem os seus poderes mutantes. Ao final dessa saga (ao contrário de como é retratado em simultâneo na animação) temos Magneto se entregando para julgamento da ONU em Uncanny X-Men 200.
Saga Inferno
Na edição seguinte, já em 1986, é hora de nascer Nathan Summers, filho de Ciclope e Madelyne Pryor. E este fato, acabará gerando em 1988 a famosa Saga Inferno, que coloca o clone de Jean Grey como uma perigosa vilã. O arco foi relançado no Brasil em 4 edições.
Falando brevemente dos anos 90, temos alguns acenos interessantes do período em que Chris Claremont deixou a revista após ininterruptos 16 anos. São elas as edições 69 e 70 da revista X-Factor (revista criada para reunir novamente os 5 membros originais da equipe) onde descobrimos que a secretária da ONU, Valerie Cooper, era na verdade a mutante metamorfa mística.
X-Men Legacy 249
No mesmo ano, temos em X-Men Legacy 249 o início do interesse amoroso entre Vampira e Magneto, quando os dois ficaram presos em uma ilha deserta ao mesmo estilo “inimigo meu”. Esse interesse viria a ser consumado em Uncanny X-Men 274, e ecoaria por diversas histórias. A mais famosa delas, a saga Era de Apocalipse onde vemos um futuro alternativo em que os dois mutantes estão casados e com um filho.
E por fim, é no ano de 1992, entre as edições 291 e 297 da revista Uncanny X-Men, que temos a introdução dos “Amigos da Humanidade” (que vem marcando presença na animação desde a primeira temporada, que curiosamente saiu em 1992 também) e do Executor-X, o líder extremista e racista dos humanos.
X-Men ’97
Com apenas três episódios, este é apenas o início da grande adaptação dos X-Men para esse maravilhoso desenho animado. Com grandes expectativas, eu te espero aqui ao final da série para falar dos demais arcos.
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