A Estrela Cadente deve agradar apenas os fãs da dupla de diretores
Bruno Oliveira
A Estrela Cadente marca o quinto trabalho do casal Dominique Abel e Fiona Gordon na direção de um filme. A dupla é bastante popular na França e foi responsável por longas como L’iceberg (2005), Rumba (2008), La fée (2011) e Perdidos em Paris (2016), a última provavelmente é a obra mais conhecida deles. Os três primeiros citados possuem a co-direção de Bruno Romy, que parece ter um grande laço de amizade com o casal, e aqui faz o papel do antagonista da história. Mas e aí, ele é bom?
Sinopse do filme A Estrela Cadente
Boris (Dominique Abel) é um bartender no bar A Estrela Cadente além de ser e ex-ativista, que há 35 anos explodiu uma bomba com casualidades. Agora, ele foi descoberto e querem matá-lo. Tentando se livrar desse infortúnio, Boris, sua mulher Kayoko (Kaori Ito), e seu melhor amigo Tim (Philippe Martz), confabulam um plano de colocar um sósia em seu lugar. Para sorte deles, encontram Dom (Dominique Abel) – que é a cara de Boris, e com isso fazem a troca sem que Dom desconfie. Para o azar desse grupo, a ex-mulher de Dom, Fiona (Fiona Gordon), é uma detetive particular que começa a investigar o sumiço do ex-marido.
Lembra momentos de palhaços no circo
Quem lê essa sinopse em voz alta pode até achar que é de um filme sério e com um grande mistério, mas não é. A Estrela Cadente é uma grande farofa que lembra demais palhaçadas dignas de um circo mambembe. Não estou exagerando, todas as atuações dos personagens principais beiram a esquetes de palhaços. Esse é um detalhe que não causa gargalhada, mas nos tira alguns pequenos sorrisos do rosto. O maior exemplo disso é quando acontece a troca entre Boris e Dom, que vemos um número de circo bem elaborado e divertido.
Desconexo e nonsense
Embora esse seja um ponto positivo, a maioria são pontos negativos. Esse longa é estranho demais e nos apresenta diversas cenas sem sentido e até desconexas. É como se tivessem perdido algumas gravações na sala de edição. Além disso, o nonsense dá as caras sem a vergonha de ser feliz. Isso deixa a história com um ar de que qualquer coisa pode acontecer e temos que simplesmente aceitar. Me arrisco a dizer que o intuito do casal na direção não era nem fazer uma obra coerente, mas algo que divertisse seu público de fãs.
Resgata um pouco do humor antigo
Esse longa dá a impressão de que foi feito há muito tempo. Ele tem um toque noir e parece que foi restaurado e colorizado. Digo isso, pois as cores são bem vívidas e marcantes. Elas dão um tom que o deixa quase cartunesco. O seu próprio estilo de humor físico nos lembra algo remoto e que víamos em obras ainda em preto e branco. Sei que ele é novo, mas essa é a impressão que fica ao assisti-lo.
Conclusão
A Estrela Cadente não me animou no todo. Possui alguns momentos divertidos que me fizeram soltar alguns sorrisos, mas é só isso que tenho para falar bem dele. A doideira que ele nos coloca não me pegou e em certos momentos me causou até mesmo um tipo de irritação. Fiquei olhando para o relógio mais vezes do que eu poderia fazer, isso me deu sinais de que estava um pouco de saco cheio e torcendo para a projeção chegar logo ao fim. Certamente terá seus fãs, ainda mais para quem já conhece a trajetória do casal responsável, mas ele não foi para mim.
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Onde assistir o filme A Estrela Cadente
O filma ainda não está disponível para assistir nas plataformas de streaming.
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A Estrela Cadente – Trailer
Elenco do filme A Estrela Cadente
Dominique Abel
Fiona Gordon
Kaori Ito
Philippe Martz
Bruno Romy
A Estrela Cadente – Ficha Técnica
Título original: L’étoile Filante
Direção: Dominique Abel e Fiona Gordon
Roteiro: Dominique Abel e Fiona Gordon
Data de estreia: 16 de maio de 2024
Duração: 98 minutos
País: Bélgica, França
Gênero: Comédia
Ano: 2023
Classificação: 14 anos