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De Pai Para Filho (2024) - Leia a nossa crítica do filme nacional - Ultraverso

De Pai Para Filho é um bom filme nacional que merece prestígio

Bruno Oliveira

A relação entre pais e filhos é sempre um ótimo assunto para se discutir em um bom filme de drama. O choque de gerações sempre existiu e sempre existirá. Acrescente a isso uma carga dramática e uma história interessante nascerá desse plot. De Pai Para Filho é sobre isso, mas não apenas sobre isso. Ele fala sobre reconciliação, encontros e desencontros e perdão. A vida só consegue ser vivida de forma plena se houver um alívio para o seu coração e ausência de rancor.

Sinopse do filme De Pai Para Filho

Machado (Marco Ricca) já foi um rock star de uma banda famosa dos anos 80 e morre acidentalmente após falhar na tentativa de suicídio. José (Juan Paiva) sabe da morte de seu pai ao qual não via há mais de 20 anos e recebe de herança o seu apartamento e suas cinzas. Em uma jornada de reconciliação, começa a ver o fantasma do pai como uma forma de conseguir seguir em frente e perdoá-lo por tê-lo abandonado. Ele ainda conhecerá Dina (Miá Mello) e Kat (Valentina Vieira), mãe e filha, que moram no mesmo prédio de seu pai e esse encontro mudará sua vida para sempre.

Relação entre pai e filho

Embora não seja perfeito, o filme mexeu demais comigo. Relação entre pai e filho é sempre um assunto que me toca. Esse é o mote principal e o que guia o roteiro, mesmo que tenha mais assuntos discutidos ao longo da projeção. A ideia de fazer com que o filho converse com o fantasma do pai é bastante interessante. Não achem que ele tenha algo de terror, esse é apenas um recurso interessante para que eles briguem e se entendam em determinado momento.

Um casal improvável que pode ser a saída para momentos melhores

Ele discute demais o perdão e a culpa por decisões passadas. A personagem de Dina carrega no coração uma dor de partir o coração. Isso a faz se perder um pouco na vida e busca em alguns momentos por um fim imediato. Kat, sua filha, acaba sendo essa âncora para a vida e a realidade. O encontro de Dina e José pode parecer improvável, mas pode ser o canalizador para sair dessa fossa prolongada ao mesmo tempo que possam perdoar seus entes que já foram.

Liberdade e solidão

Outro importante assunto é sobre a liberdade e a solidão. Nunca esquecerei da história de Aquiles, herói grego. Ele optou pela glória e morte ao invés de uma família feliz. Machado opta por isso, e abandona o filho e a mulher. Optou pela liberdade de querer fazer o que quiser do que priorizar a vida do filho que, possivelmente, precisou do pai por muitas vezes. Essa escolha foi ótima para ele, mas no fim, notamos que nada disso serviu para nada. A solidão acabou sendo mais amarga do que o prazer da liberdade.

Conclusão

De Pai Para Filho tem alguns problemas que me incomodaram, ainda mais sobre algumas situações um pouco vexatórias que foram para tela. Tudo bem, não estraga o todo. A história ainda continua sendo maior. Vale destacar a atuação de Juan Paiva (Nosso Sonho), e da Valentina Vieira (Um Natal Cheio de Graça), que estão ótimas. Eles parecem muito naturais em cena e o texto dado para eles é bom e ajuda nessa desenvoltura. Um bom filme nacional que merece prestígio.

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