Crítica de Filme: Thor – O Mundo Sombrio

Stenlånd Leandro

Ao acordar hoje cedo, veio aquela sensação, desesperado e conformado que perderia meu tempo em assistir Thor 2 – O Mundo Sombrio, e claro, imaginando que o longa seria tão ruim, mas tão ruim, que seria pior que seu antecessor. Posso afirmar que, com um roteiro muito mais direto e bem desenvolvido, Thor 2 finalmente faz jus ao nome do Deus do Trovão.
Não esperava que fosse gostar tanto deste longa, já que os trailers não me empolgaram em nada e confesso que minha expectativa estava quase próximo do inferno, de tão baixa, afinal, a meu ver, é muito complicado assistir a adaptações de cinema indo para lugares muito incomuns, como o famoso Mandarim sem poderes em Homem de Ferro 3, ou um Samurai Prateado Robótico? Quem sabe uma nova espécie de Lois Laine (Loira) e até mesmo um Perry White (Negro) etc etc.
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Desta vez Thor está disposto a restaurar a ordem no ‘’espaço’’, onde uma raça antiga liderada pelo rancoroso Malekith (o rei dos Elfos Negros) retorna para levar o universo de volta às trevas. O que mexeu muito com meu lado psicótico por ação, é que tal inimigo nem mesmo Odin e Asgard foram aptos a vencer tal vilão.
O mesmo lidera uma raça que foi subjugada há 5 mil anos pelo avô de Thor, Bor, e que se acreditava destruída.  O líder dos elfos negros acorda de seu sono milenar para encontrar o Éter, arma capaz de trazer de volta a escuridão ao universo, e quando digo universo, digo todos, desde o universo do herói quanto o universo dos humanos.
Os Elfos Negros Os Elfos Negros
O problema todo é que o romance entre o Thor e Jane Foster é algo que leva este longa para distantes terras, especialmente ela que é quem ”acorda” o Eter e o vilão acima mencionado.
Deslumbramento é algo notável, efeitos especiais são belíssimos, e em momentos do longa, por haver caça a naves espaciais, o filme chega a lembrar um mix de Star Wars com Star Trek.
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Alan Taylor, que substituiu o diretor Kenneth Branagh, fez um trabalho muito superior,  trazendo um novo ar e visual à sequência. Sim, é isso mesmo, muito melhor. É praticamente outro filme. Tudo é grandioso e esteticamente belo, e os cenários são ainda mais megalomaníacos que os do primeiro filme.
Indo de encontro ao título do longa, realmente o mesmo é sombrio. Pessoas morrem na produção e Asgard é totalmente destruída, ficando em pedaços, estilhaçada. O Universo construído pela Marvel no cinema, ao menos nesta película, mostra que o estúdio não está de brincadeira. Na sequência há toques mais dramáticos e tensos que deixará qualquer fã do personagem grudado na cadeira.
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A cena mais impressionante até o momento em que estava assistindo foi  a de um funeral (não mencionarei quem é a pessoa falecida). Ela está entre as mais belas já feitas pelo estúdio. Deu dor no peito. Foi algo tão doloroso que senti na pele o sofrimento de todo um povo. Todos sabemos que que o bem prevalecerá, mesmo que alguns sacrifícios aqui e ali tenham que ser feitos e, infelizmente, a dor tarda, mas chega.
Loki é uma ‘’diversão’’ à parte. Apesar de possuído pela fúria por acontecimentos em Asgard, foi incrível vê-lo interagir com o Rei do Trovão novamente. E digo mais: sem ele, este filme talvez não fosse tão bom quanto é, pois partindo de um ângulo mais crítico ainda, particularmente odeio pitadas de humor em filmes de herói, entretanto, mesmo injetando exageradamente essas doses, a trama consegue superar o primeiro Thor brilhantemente. ***SPOILER A SEGUIR*** >>> Até mesmo o Capitão América aparece no longa, de uma forma cômica, de deixar todos engasgados de tanto rir.
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Você deve estar se perguntando: “E as lutas? Como são?”. Amado leitor. As lutas são extremamente intensas como em Os Vingadores. Estou certo que foi proposital a ausência das batalhas nos trailers até hoje mostrados, pois Thor massacra e é massacrado facilmente por uma espécie de demônio visto nos games do God of War. Tal vilão se chama KURSE, um dos antigos inimigos do herói. O Inimigo principal (Malekith) também é muito poderoso e a luta com Thor é infinitamente melhor do que no longa anterior contra o Aniquilador, que foi bem pífia. Chutes, Socos, teletransportes para outras dimensões, um bicho gigantesco invade a terra, soldados para todos os cantos, destruição, etc etc. Um show deste longa.
Eu acredito que este é sem dúvidas o mais divertido e bem produzido filme do estúdio – atrás apenas de ‘Os Vingadores‘ – e o enredo deixa pontas soltas para um terceiro filme que promete um embate ainda maior. Para terminar, afirmo que a cena final do longa antes dos créditos é de deixar todos sem ar. Algo estonteante.
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Não se esqueçam da cena pós-crédito. Aliás, SÃO DUAS. A primeira é pós a primeira parte dos créditos, e a segunda infelizmente você terá que esperar muito até que seja possível assisti-la, pois a parte dos créditos é imensa. Uma simplesmente dá continuidade a própria história, só um adendo e um alívio cômico. Já a outra cena é muito mais importante. ***SPOILER A SEGUIR***>>> Ela liga Thor 2 – O Mundo Sombrio a outro filme do futuro da Marvel (Guardiões da Galáxia). Aliás, possivelmente liga a diversos outros filmes e diversas outras fases do estúdios.
BEM NA FITA: Efeitos especiais, roteiro, a caracterização do longa
QUEIMOU O FILME: Cenas de luta parecem fracas, especialmente as épicas com uso de espadas…

FICHA TÉCNICA:

Nome: Thor – O Mundo Sombrio (Thor – The Dark World)
Diretor: Alan Taylor
Elenco: Chris Hemsworth, Natalie Portman, Tom Hiddleston, Anthony Hopkins, Samuel L. Jackson, Idris Elba
Roteiro: Robert Rodat, Don Payne
Gênero: Ação/Ficção
Fotografia: Andrew Dunn
Duração: 102 min
Ano: 2013
País: Estados Unidos

Stenlånd Leandro

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
NAN