Crítica de Série | Arrow (3ª Temporada)

Stenlånd Leandro

Não sei por que insisto tanto em dizer o quanto crossovers podem beneficiar seriados. Na dúvida, é sempre bom balancear as coisas e fazer com que o marasmo se finde no momento em que sangue novo dá as caras no seriado. Sabendo que a CW planeja iniciar o plano Flashpoint Paradox no The Flash, muitas novidades vem por aí.

Arrow que trouxe para as telinhas outros vilões, do esquadrão secundário, viveu um momento conturbado na metade do seu terceiro ano. A Season finale de algumas séries por ai, acabaram muito óbvias e em Arrow foi um bocado diferente.

Com a chegada do enigmático Ra’s Al Ghul, toda a responsabilidade de derrota-lo passou do Batman para o Arqueiro Verde sem prévio aviso. A verdade é que ele nunca tinha considerado o quanto seria difícil derrotar tal inimigo. O ponto positivo da série foi a tentativa de “passar o manto” de Ra’s Al Ghul a todo custo para Olver Queen. Os episódios anteriores a este, inclusive do crossover entre The Flash e Arrow, não chegam aos pés do episódio em que Oliver é morto pela espada de Ra’s, assim como o penúltimo episódio, que foi intenso.

Arrow -- "The Climb" -- Image AR309b_0261b -- Pictured (L-R): Stephen Amell as Oliver Queen and Matt Nable as Ra's al Ghul -- Photo: Cate Cameron/The CW -- © 2014 The CW Network, LLC. All Rights Reserved.

Interessante como o casamento de Al Sah Him e Nyssa foi concluído e os planos de riscar de vez Starling City do mapa vem avançando cada vez mais. , mesmo pondo em risco todos seus amigos, e isso inclui dois heróis (Canário Negro e Átomo). Fica a incerteza sobre a forma que lidaram com a situação, porém acredito que o Alfa-Omega não é tão forte assim, alias, em certos momentos houve uma combinação indigesta: procurar elementos convincentes para continuar uma série que lida com um mundo muito amplo. O ‘elo achado’ por Flash, Arqueiro e Nuclear, visto no penúltimo episódio de Flash, em Arrow, fica muito evidente. Há a procura do momento chave de como Oliver Queen conseguiu ter tempo para ir a Central City se ele tinha como obrigação, tomar conta dos preparativos de seu casamento com Nyssa. Há alguma incongruência contida neste desengonçado paradoxo.

É compreensível desconfiar de uma série assim, onde a clicheria visual sombria bem estilo Batman e sua trilogia mostra situações como as de sempre. Efeitos com foco e cores parecem ser a única ferramento de estilo no repertório dos donos do seriado. O diretor é capaz de disfarçar a pobreza da produção, em The Flash, mas mostra o quanto os efeitos trabalhados em Arrow não funcionam da mesma forma. Vale lembrar que séries como Gotham, ao contrário de outras, de baixo orçamento, colocam a precariedade a seu favor. A investida, prova ser mais do que uma re-estilização. Arrow equilibra referências antigas de HQ’s bem lidas com um formato muito simples e viciante. Ao mesmo tempo que agrada aos veteranos de gibis (Old School) ao relembrar a velocidade e poderes do personagem, e como o mesmo se promove no decorrer de toda a história do terceiro ano.

Arrow -- "The Climb" -- Image AR309b_0021b -- Pictured (L-R): Karl Yune as Maseo and Katrina Law as Nyssa al Ghul -- Photo: Cate Cameron/The CW -- © 2014 The CW Network, LLC. All Rights Reserved.

Questiono ensandecidamente sobre qual foi a parte mais difícil em montar a Canário Negro sendo tão inútil. Partindo do princípio de que as personalidades se bifurcam, mesmo quando se lembra da primeira canário, qualquer trama deita num solo cheio de possibilidades. Apesar de soar muito convincente em boa parte da trama durante seus 23 episódios,  “qualquer coisa” parece ter sido a diretriz do seriado. E com a chegada da série em seu terceiro ano, Arrow virou modinha entre os céticos com o mundo DC. Após o lançamento de Agents of Shield, logo Arrow chegou e botando ordem na casa dos heróis. Um personagem mais famoso do que o de costume, mas como ainda é um personagem secundário – e tendo que continuar secundária porque a franquia cinematográfica chama-se A Origem da Justiça / Batman Vs Superman e não Arqueiro Verde, o mesmo acabou ganhando uma aventura só para dizer que tem, feita a toque de caixa e enfiada de qualquer jeito sem se basear na trilogia do Cavaleiro das Trevas onde Ra’s ja fez parte, menos o Arqueiro.

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Barganhando o seriado, com um final surpreendente, Oliver deu o fim que era necessário ao vilão. Viver a incógnita de ser o Arqueiro Verde chegou ao fim. Enquanto Palmer tentava fazer seu traje diminuir de tamanho, o herói conseguiu de certa forma unir em um único episódio, Ricardita, Nyssa, Arqueiro Negro, Canário Negro e Átomo, juntos por um único ideal: Salvar a cidade de um ataque biológico. Ainda estou me perguntando sobre a patética presença de Damien Darhk.

Por dois anos, vimos a série ganhar cada vez mais um formato onde Oliver sempre tentava se esquivar de algo que o fizesse feliz, senão a obrigação para com sua cidade. os diretores e produtores intercalaram com cenas fortes, em que closes de pessoas infectadas, estavam sendo extraídas suas valiosas vidas.

Stenlånd Leandro

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
NAN