Crítica de Filme | Parceiras Eternas

Stenlånd Leandro

Parceiras Eternas, é um filme da estreante diretora Susanna Fogel, com roteiro também de sua autoria junto à Joni Lefkowitz.

Lançado em território internacional em meados de 2014, o filme chega à terras tupiniquins somente agora, na metade de Outubro de 2015 (15/10/2015).

A sinopse, nada chamativa, pode afastar a curiosidade, pois baseia sua integridade em aspectos que muito já vimos:

Paige (Gillian Jacobs) e Sasha (Leighton Meester) são amigas inseparáveis, Sasha é lésbica, e nunca teve um relacionamento firme durante sua vida. Num tipo de cumplicidade, Paige promete à Sasha que se casaria apenas quando ambas tivessem direitos civis legais igualitários, com isto, o tal acordo é posto à prova quando Tim (Adam Brody) entra na vida de Paige e passa a fazê-la se apaixonar.

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Apesar da ideia morna, o roteiro não é uma desgraça total, mas não chega a ser algo para se admirar, em suma é mais um dentre tantos que pertencem ao gênero comédia romântica, o famoso ”mamão com açucar”.

Mas este, como podemos notar, se utiliza de um ponto de vista diferente para o gênero, o conflito e amizade de duas amigas postos à prova (apesar da causa boba), mas toda esta impressão não aflora de modo literal no filme.

Ele não possui aprofundamento nenhum, seja de personagem ou da própia história: ela apenas segue num caminho extremamente linear, e todas as possibilidades que poderiam ser usadas para alavancar a expectativa do filme não são aproveitadas, pois como contestado, ele não se preocupa em por exemplo analisar camadas conflitantes da tal personagem lésbica, ou criar algum tipo de ponto de virada entre um iminente confronto ideológico e/ou pessoal das amigas.

E todo este ”raso” encontrado na construção do que foi salientado é percebido em características técnicas do filme: nada é extremamente mal feito, mas muito menos bem realizado, seja habilidade de filmagem, fotografia ou efeitos visuais, o longa permanece no repouso da normalidade, mas uma normalidade que pode muito mais prejudica-lo do que o assegurar.

Mas não só de lamúrias vive o filme: suas interpretações são interessantes, principalmente das personagens focadas, e também de Adam Brody, oferecendo cenas do qual o espectador pode soltar algum riso ou expressão significativa.

A trilha sonora escolhida combina com o clima da película, que apesar de tudo não é um filme ”teen”, mas também não chega a ser uma obra de análise e referência para o assunto, alias, seu maior problema é este: numa analogia boba, sendo o filme um caldeirão, ele nunca esfria ou entra em ebulição, apenas não queima a língua, continuando morno por seus noventa e cinco minutos completos.

Apesar de tudo seu tempo não será perdido, mas o filme sim, esquecido.


FICHA TÉCNICA
Gênero: Comédia romântica
Direção: Susanna Fogel
Roteiro: Joni Lefkowitz, Susanna Fogel
Distribuidor: Pandora Filmes
Duração: 93 minutos
 

Stenlånd Leandro

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
NAN