Crítica| Paulo Gustavo mostra seu lado ‘show man’ em 220v

Ana Carolina Jordão

Podemos falar que Paulo Gustavo chegou ao título de popstar no Brasil. Desde que despontou para fama já mostrou uma versatilidade inacreditável, tudo isso aliado a um talento extraordinário –  ele atua, escreve, dança, além de ter um timing para piadas como poucos humoristas possuem. Ele mostrou tudo isso mais uma vez ontem (20), no palco do Metropolitan, no Rio de Janeiro, em uma apresentação lotada, com uma plateia eufórica.

Antes da peça começar, um Dj anima a galera com músicas atuais, fumaça e um jogo de luzes, que pareciam ser mais de uma boate. O “esquenta” funciona, ainda mais quando entram dançarinos sarados para iniciar uma dança sensual, que chamam atenção dos presentes, principalmente das mulheres, que soltaram gritinhos e suspiraram com os rapazes. Logo depois seu amigo, dentro e fora das telas, Marcus Majella entrou passa anunciar o show – o comediante, que agora faz grande sucesso com o Ferdinando Show”, faz pequenas participações durante a peça –  se ele antes era uma ilustre participação na espetáculo, agora Majella entra com status de estrela, assim como Paulo Gustavo, mas longe de ofuscar seu brilho máximo de estrela.

FOTO: Ana Carolina Jordão

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A peça possui cinco esquetes ( A diva, a feia a mulher preconceituosa do Leblon, a apresentadora louca e a empregada que quer virar musa da escola de samba) e, na primeira delas, Paulo Gustavo entra em cena como uma diva. Com ajuda de bailarinos e uma cenário super produzido ele faz uma diva do pop, fazendo alusão a grandes nomes de Hollywood – ele começa dançando e fazendo coreografias de ninguém mais e ninguém menos que Beyoncé, levando a plateia ao delírio devido tamanha perfeição da execução da coreografia com um salto alto. Aliás, toda execução do espetáculo é perfeita, desde o figurino, ao cenário e a produção. Todo o investimento custou cerca de R$3 milhões, um valor bem diferente do início da carreira do humorista.

Com uma carreira de quase uma década, Paulo Gustavo atingiu o sucesso com a dona de casa Hermínia, de “Minha Mãe É Uma Peça”. A personagem, inspirada na sua mãe, arrancou boas risadas e conquistou o coração dos fãs, que tiveram identificação imediata com a divertida mãe de família sem papas na língua. Com humor escrachado, direto, rápido e fácil, o humorista e roteirista mostrou que, além da criatividade, tem uma facilidade extraordinária de criar personagens que tem empatia imediata com o público.

FOTO: Ana Carolina Jordão

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Com inegável talento, o teatro ficou pequeno para o humorista, que logo migrou para o cinema e TV. O “Vai que Cola” é um verdadeiro sucesso na Tv paga e é uma das maiores audiências da história da Multishow, o que levou Paulo Gustavo a ganhar o título de estrela do canal, que dá liberdade artística para que ele imprima a sua marca em tudo o que faz. Como não poderia ser diferente a série foi parar, esse ano, nas telonas e está levando um grande público as salas de cinema. O clássico “Minha Mãe é uma Peça” também já virou filme e levou milhões de pessoas aos cinemas e terá uma continuação prevista para o próximo ano.

Não há dúvidas que o artista conquistou todos os setores da arte. Ainda vamos escutar falar muito de Paulo Gustavo. Parece que com suas personagens femininas, algumas lembrando verdadeiras divas, ele ainda vai arrasar, com seu salto alto, e sambar na cara da sociedade. Ele é um verdadeiro show man!

Ana Carolina Jordão

Jornalista formada pela PUC-Rio. Fotógrafa, Locutora. Editora de Música do Blah. Apaixonada por música e entusiasta da vida. Snapchat: caroljordao1 Instagram: caroljordao2
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