Crítica de Filme | Star Wars – O Despertar da Força

Star Wars – O Despertar da Força (Star Wars: Episode VII – The Force Awakens) chega com muita expectativa aos cinemas sete anos após “Guerra dos Clones” (2008). A última trilogia de Guerra nas Estrelas deixou os fãs um pouco desapontados em relação aos longas originais. Mas a confirmação de J.J. Abrams, responsável pela nova “roupagem” da saga Star Trek (que foi muito elogiada, por sinal), encheu de esperanças os cinéfilos.

Um dos pontos fortes de Star Wars – O Despertar da Força são as diversas referências aos filmes anteriores, mas isso também pode ser negativo. O primeiro ato do longa nada mais é que o primeiro ato de “Uma Nova Esperança”. Parece assustador de início, mas funciona muito bem. Um ‘dróide’ que escapa com algo que interessa ao Império (agora chamado de Primeira Ordem), um vilão ameaçador que toma um rebelde como refém para interrogatório, e para fechar, a introdução de um personagem até então desconhecido que é destinado a ser o herói.

De certa forma, O Despertar da Força faz tantas referências à “Uma Nova Esperança” que mais se parece uma nova versão. Mas isso não estraga o filme. Para ser honesto, ele não é ruim, mas deixa uma sensação muito estranha no ar.

Ao desenrolar da trama, bate uma nostalgia enorme e há novamente o que faltou nos filmes anteriores: drama. Esse era um ponto forte em Star Wars e foi muito pouco abordado na mais recente trilogia do início dos anos 2000.

Sobre o vilão Kylo Ren, que realmente lembra o Darth Vader em seu primeiro ato do longa, ele começa bem, entretanto, depois de alguns tomadas, o personagem se perde e consegue desapontar totalmente o espectador.

O Despertar da Força é um filme para fãs. Ele surpreende no final, pois apesar de entregar algo que queríamos – que era um novo Star Wars -, com nossos personagens favoritos como Luke, Han e Leia, o mesmo nos deixa muito decepcionados ao não responder todas as perguntas e ainda leva ao público um final seco, pois ainda nos joga novas perguntas. Certamente elas serão respondidas nos próximos filmes, mas algumas já poderiam ter sido solucionadas nesta película.

Star Wars – O Despertar da Força é, sem sombra de dúvida, a maior espera de 2015, tanto por ser algo novo para uma franquia que até então havia sido encerrada, quanto por ser totalmente inédito, afinal os últimos filmes não passavam de um grande flashback.

Nostalgia é a definição perfeita para esse filme. J.J.Abrams acerta ao usar os recursos dos longas da década de 70 como sets de filmagens ao ar livre para trazer mais realismo ao filme como no “Episódio IV”. Também soma à obra o uso de fantasias e bonecos para fazer seus alienígenas mais convincentes e nos transportar novamente ao verdadeiro universo que é a magia de Star Wars. A última trilogia realmente errou nesse ponto, já que optou a trocar isso por fundos verdes e computação gráfica em excesso.

Sets de filmagens impecáveis nos levam novamente ao universo “tão tão distante”, raças e seres alienígenas lindos de tão feios e, para finalizar, logicamente, o retorno da trilha sonora de John Williams são elementos que compõem um verdadeiro espetáculo do cinema, ainda mais quando é dirigido por um fã da franquia que é o caso de Abrams. Seu único erro, com certeza, é o final do longa, que espera-se que seja consertado nos próximos filmes.

Star Wars – O Despertar da Força trouxe a todos uma nova viagem a um universo maravilhoso que é Star Wars. Apesar de seus erros – ou aquilo que possa se chamar de falhas-, há mais acertos e é isso que realmente importa.

FICHA TÉCNICA: