Crítica de Filme | Tudo Vai Ficar Bem
Marcello Alves
Tudo vai ficar bem (Every thing will be fine) é o novo filme do grande mestre e consagrado diretor alemão Wim Wenders, de obras primas como Paris, Texas, Alice nas cidades, Buena vista social club e os mais recentes Pina e O sal da terra.
O que dizer de grandes diretores que continuam fazendo filmes? Michael Haneke (Amor), Roman Polanski (A pele de Venus) Giussepe Tornatore (O melhor lance), assim como Wenders e vários outros exemplos, fizeram parte da história do cinema e continuam trabalhando, mas isso não quer dizer que seus filmes tenham que ser magníficos.
Pode se dizer até que o espectador ja vai esperando algo a mais do filme nesses casos, mas não espere tanto de “Tudo vai ficar bem”. É uma ótima produção com elenco de ponta e um grande talento como diretor, do tipo que sabe captar sentimentos e sugerir reflexões com um frame ou movimento de câmera, mas o filme tem seus momentos, onde, por vezes o “drama” na história pode parecer vago, e alguns momentos, aqueles do vazio que nos faz refletir, podem falhar.
Tomas Eldan (James Franco) é um escritor que numa crise e após uma briga com a namorada (Rachel McAdams), dirigindo sem rumo num inverno de muita neve, acaba se envolvendo em uma tragédia lastimável que muda sua vida para sempre. Assim como as vidas de Kate (Charlotte Gainsburg) e seu filho Christopher.
Tudo vai ficar bem é uma produção intimista e com uma bela fotografia, gravado praticamente todo em locações no Canadá, o filme fala sobre sentimento de culpa, depressão, e a forma que uma tragédia muda a vida das pessoas.
FICHA TÉCNICA