CRÍTICA | ‘Alice Através do Espelho’ é salvo pelos efeitos e vilões

Ian Dantas

E então havia aquela expectativa para a atuação monocromática do Astro contestável de um personagem só, vulgo Depp. Porém, o que foi visto, foi uma atuação apática que quase passou desapercebida, não fosse o enredo fraco baseado na história da personagem Chapeleiro Maluco (Johnny Depp).

Traços claros de todos os outros personagens por ele vivido, podem ser vistos em momentos distintos nesta franquia. Alice Através do Espelho foi um do muitos filmes em que a personagem principal se torna uma mera coadjuvante em meio a efeitos especiais de tirar o fôlego.

No que tange o quesito atuação, a personagem Tempo (Sacha Baron Cohen) roubou toda atenção com um humor sádico, era impossível não esperar seu próximo comentário. Enquanto a personagem Tempo traz a carga do humor e sabedoria, a Rainha Vermelha (Helen Bonham Carter) trouxe a emoção e o ódio. Já a Rainha Branca (Anne Hathaway) e a Alice (Mia Wasikowska) tiveram a mesma importância de folha seca. Atuações bem aquém do esperado.alice1 Alice Através do Espelho começou com a estética de piratas do Caribe e com ela terminou. Com diálogos fracos que chegam a dar sono no espectador, salvos por grandes efeitos. Fácil será bater a receita do primeiro filme da franquia, tendo em vista os rostos conhecidos envolvidos na sequência.

Não se sabe se Lewis Carroll imaginava isso quando escreveu a obra. Em um cenário que os vilões são os destaques positivos e os “mocinhos” passam tão desapercebidos. Já a visão das obras, do agora Produtor, Tim Burton também não ficaram tão explícitas com em outros trabalhos.

FICHA TÉCNICA

Título original:
Distribuição: Disney
Data de estreia: qui, 26/05/16
País: Estados Unidos
Gênero: aventura
Ano de produção: 2015
Direção:James Bobin
Elenco: Anne Hathaway, Mia Wasikowska, Johnny Depp

Ian Dantas

NAN