CRÍTICA | ‘Pais e Filhas’ é envolvente e traz uma mensagem profunda

Após o falecimento de sua esposa, Jake Davis (Russel Crowe), um escritor vencedor do prêmio Pulitzer, precisa cuidar sozinho de sua filha de 8 anos, Katie (Kylie Rogers), porém está com sua saúde mental desequilibrada, assim como sua vida financeira. Com seus problemas se agravando, os tios de Katie começam a pressioná-lo para passar a guarda da menina para eles, pois acreditam que por terem condições financeiras e familiares mais estáveis, podem oferecer uma vida melhor para a menina. Anos depois, Katie (Amanda Sayfried) se torna uma psicóloga que trabalha tratando de crianças com problemas psicológicos e emocionais, mas não consegue compreender seus próprios bloqueios afetivos, reflexo de sua conturbada infância.

Entre as voltas à Nova York de 1988 e a vida atual de Katie, o filme brinca com a linha do tempo deixando para revelar aos poucos os mistérios sobre a doença de seu pai anos atrás que a deixou emocionalmente indisponível. Com cenas lindas das partes mais bonitas da cidade de NY, vamos acompanhando os dramas vividos por Jake, tentando publicar seus livros e de Katie, tentando equilibrar sua vida e de seus pacientes. Nesse meio tempo, aparece o homem que vai mudar a vida de Katie: Cameron (Aaron Paul). Com muita paciência e dedicação, ele vai ajudando-a a superar seus traumas do passado e começar uma nova vida juntos.

Apesar da sinopse geral que a principio aparentar ser fraca, o longa é muito envolvente e sua narrativa não linear consegue trazer uma mensagem mais profunda.

Amanda Seyfried faz uma interpretação linda de Katie, que deixa os olhos cheios de lágrimas em mais de uma cena, assim como Russel Crowe consegue nos deixar com o coração apertado de vê-lo nessa condição mental e de pai viúvo, tentando esconder os problemas para os familiares e no trabalho, fazendo com que o filme todo seja muito bonito e deixe no final aquela sensação de que tudo vai ficar bem.

FICHA TÉCNICA