Documentário brasileiro leva prêmio em Cannes

Wilson Spiler

“Cinema Novo”, documentário de Eryk Rocha sobre o maior movimento cinematográfico brasileiro, que reuniu nos anos 60 nomes como Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos, venceu neste sábado o L’Oeil D’Or, premiação paralela de Cannes que premia o melhor documentário de todo o festival.

Esta foi a segunda edição do prêmio, criado em 2015 pela Scam, associação que reúne autores do setor audiovisual, literatura e imprensa na França. O prêmio foi dado por um júri presidido pelo italiano Gianfranco Rosi, vencedor do Urso de Ouro em Berlim neste ano com “Fogo no Mar” e do Leão de Ouro em Veneza há três anos com “Sacro GRA”. Amir Labaki, diretor do festival de documentários É Tudo Verdade, foi um dos membros do júri.

Este é o primeiro prêmio do Brasil no Festival de Cannes. Neste domingo, há mais duas chances de premiação: o curta “A Moça que Dançou com o Diabo”, de João Paulo Miranda Maria, que concorre à Palma de Ouro em sua categoria; e o longa “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, aclamado pela crítica. Há chances de prêmio para o filme (a Palma de Ouro ou algum prêmio do júri), direção ou a Palma de melhor atriz para Sonia Braga, num ano que não mostrou muitas outras fortes atuações – sua maior concorrente é a alemã Sandra Hüller, da comédia “Toni Erdmann”, o filme mais elogiado pela imprensa ao longo do festival.

*FONTE: UOL Cinema

Wilson Spiler

Will, para os íntimos, é jornalista, fotógrafo (ou ao menos pensa que é) e brinca na seara do marketing. Diz que toca guitarra, mas sabe mesmo é levar um Legião Urbana no violão. Gosta de filmes “cult”, mas não dispensa um bom blockbuster de super-heróis. Finge que não é nerd.. só finge… Resumindo: um charlatão.
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