CRÍTICA | ‘A Morte de J.P Cuenca’ é rodeado de tensões e reflexões

Luigi Martini

Baseado em fatos reais, A Morte de J.P. Cuenca (2016) narra o relato da duvidosa morte de João Paulo Cuenca, escritor brasileiro conhecido por seu talento jovem e promissor. Ambientado no Rio de Janeiro no ano de 2008, acompanhamos a investigação dessa trama inquietante.

Rodeado de tensões e reflexões internas do autor e personagem central da história que é declarado como morto por uma desconhecida mulher a qual busca-se encontrar incansavelmente, o espectador está sempre se deparando com algo novo que nos faz imergir na mente do rapaz; desde planos indiretos como a captura da personagem através de o reflexo de um prédio ou por uma poça no chão até o foco detalhista em certos detalhes de rostos. A estética do filme chega a trazer maior profundidade e conteúdo a quem vê do que os próprios acontecimentos que, no fundo, não possuem grande desenvolvimento por conta de ser uma obra real e não ser sempre aquilo que nós, espectadores, ou o diretor imagina.

A Morte de J.P. Cuenca é um produto nacional de baixo alcance de público, como muitos, e que deve ser visto, ainda mais por nós, brasileiros. Nossas produções independentes e de baixo orçamento precisam ser vistas se quisermos ter um cinema de melhor qualidade e isso é de papel exclusivo do público que assiste.

TRAILER:

FICHA TÉCNICA:

Distribuição: Dist. própria
Data de estreia: qui, 30/06/16
País: Brasil
Gênero: documentário
Ano de produção: 2015
Duração: 120 minutos
Classificação: 18 anos
Direção: João Paulo Cuenca
Elenco: João Paulo Cuenca, Ana Flávia Cavalcanti

Luigi Martini

Estudante de publicidade e futuro professor em estudos da comunicação, tecladista de uma banda alternativa em desenvolvimento e alguém que procura pensar sobre a vida e seus pertences através de filmes.
NAN