CRÍTICA | ‘A Morte de J.P Cuenca’ é rodeado de tensões e reflexões
Luigi Martini
Baseado em fatos reais, A Morte de J.P. Cuenca (2016) narra o relato da duvidosa morte de João Paulo Cuenca, escritor brasileiro conhecido por seu talento jovem e promissor. Ambientado no Rio de Janeiro no ano de 2008, acompanhamos a investigação dessa trama inquietante.
Rodeado de tensões e reflexões internas do autor e personagem central da história que é declarado como morto por uma desconhecida mulher a qual busca-se encontrar incansavelmente, o espectador está sempre se deparando com algo novo que nos faz imergir na mente do rapaz; desde planos indiretos como a captura da personagem através de o reflexo de um prédio ou por uma poça no chão até o foco detalhista em certos detalhes de rostos. A estética do filme chega a trazer maior profundidade e conteúdo a quem vê do que os próprios acontecimentos que, no fundo, não possuem grande desenvolvimento por conta de ser uma obra real e não ser sempre aquilo que nós, espectadores, ou o diretor imagina.
A Morte de J.P. Cuenca é um produto nacional de baixo alcance de público, como muitos, e que deve ser visto, ainda mais por nós, brasileiros. Nossas produções independentes e de baixo orçamento precisam ser vistas se quisermos ter um cinema de melhor qualidade e isso é de papel exclusivo do público que assiste.
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