CRÍTICA | ‘O Crime da Gávea’ é uma tentativa fracassada de suspense policial

Baseado no livro de Marcílio Moraes, que também assina o roteiro da película, O Crime da Gávea é uma tentativa de suspense policial, mas que fracassa de forma veemente, tornando-se um produto descartável do gênero. O filme não oferece uma real dúvida, não possui clímax, assim como não convence em atuação ou direção.

DIÁRIO DE BORDO DO DIRETOR: O CRIME DA GÁVEA (PARTE I)

DIÁRIO DE BORDO DO DIRETOR: O CRIME DA GÁVEA (PARTE II)

O roteiro torna-se cada vez mais confuso ao tentar mostrar a personalidade do personagem principal, Paulo (Ricardo Duque). Fora isso, a sinopse é completamente clichê: o marido que chega em casa e encontra a esposa morta, porém não há sinal de invasão, arrombamento e nenhum objeto foi roubado, a princípio. Além disso, ele tem uma amante, que é sua colega de trabalho, Elisa (a ótima Simone Spoladore), a qual parece suspeita logo de início, devido a algumas atitudes e diálogos. Ou seja, o filme não consegue despertar interesse em nenhum momento, só se tornando mais enfadonho do início ao fim.

A fotografia de O Crime da Gávea é um dos únicos pontos que podemos classificar como positivo no filme. Ela se faz mediana devido às cenas escuras e às belas paisagens do Rio de Janeiro iluminado pela luz do luar. Essas momentos são mesclados ao longo de toda a projeção para tentar imprimir um clima sombrio à obra.

Sendo assim, O Crime da Gávea, com direção de André Warwar, é um sério desperdício de tempo aos amantes de cinema e, até mesmo, aos que só querem assistir a um filme para passar o tempo. Uma pena.

TRAILER:

FICHA TÉCNICA:
Direção: André Warwar
Roteiro: Marcilio Moraes
Elenco: Simone Spoladore, Ricardo Duque
Distribuição: Elo Company
Data de estreia: qui, 09/03/17
País: Brasil
Gênero: drama
Ano de produção: 2017
Classificação: 12 anos