Doce infância literária…
Anna Cecilia Fontoura
Na última quinta (18/04) foi comemorado o Dia Nacional do Livro Infantil. Entrando no embalo desta bela data, alguns jornalistas e colaboradores do BLAH CULTURAL aproveitaram para relembrar livros (nacionais e/ou internacionais) que marcaram sua infância ou adolescência. Abaixo você confere a lista de indicações.
Wilson Spiler (fundador, jornalista e editor do Blah Cultural) – “Oh, baita indecisão… mas acho que o livro que mais me marcou durante a infância foi o maravilhoso “O Menino Maluquinho”, best-seller de Ziraldo que virou até filme. O personagem, na verdade, nada tem de maluco. Trata-se de uma criança feliz que teve uma infância igualmente alegre, tendo aprontado muitas confusões no período. Fiquei com ar de nostalgia (lágrimas caem do meu rosto… hehehe)”
Rodrigo Vieira Serra ( mais novo colunista do Blah Cultural) – “O meu é o livro das misses, “O Pequeno Príncipe”, mas até hoje eu acho que é o livro mais importante da minha vida, acho que nenhum livro me impactou tanto como esse, acho que só “Sidharta” do Hesse e Damian do mesmo autor tb… Eu via aquilo como uma coisa tão linda e tão surreal, bom vou escrever….”
Bernardo Sardinha (colaborador e crítico de teatro do Blah) – “Eu devia ter uns 8 anos quando li um clássico do terror infantil, “A mula sem cabeça”! Bem, não sei se a intenção do livro era ser de terror, mas ilustrações pareciam ter sido tiradas de pesadelos. Até hoje lembro do foto da mulher levando um coice na cara.”
Alan Braga (colaborador e o Rabugento do Blah) – “Têm muitos livros que marcaram. Uns eu nem lembro o nome… Mas um que voltou recentemente – pois achei num brechó – foi “Uma rua como aquela”, de Luciula Junqueira de Almeida Prado. Era a história de um grupo de meninos que vivia numa rua fechada, quase uma vila, que tinha um campinho de futebol. O dono da casa principal e de algum dos terrenos era um velho ranzinza que morava sozinho, isolado, e vivia sendo sacaneado pelo grupo. Diversas coisas acontecem na história. Eu gostava mais pelo sentido de grupo de amigos e tal. A coisa bucólica remetia um pouco à vila da minha avó. Mas depois que cresci, sempre que lembrava dessa história, achava alienada. Porque se passava em 1969 e vendia uma realidade muito tranquila. Mas duas coisas me vieram depois que reli… Em parte, ela coloca aquela rua como um refúgio da “vida lá fora”. E, segundo… Ela retrata o cotidiano da maioria mesmo. Não era todo mundo que vivia a combater o governo ou a censura. A maioria, na verdade, levava a vida como aqueles personagens ali. Poderia não ser a intenção dela, mas pra quem pensa em termos políticos, isso também diz muita coisa.
Anna Cecilia (fundadora, jornalista e assistente de mídias sociais do Blah) – “Santos Dumont – Voar é para todos” – li no ano passado, para fazer uma crítica para o Blah, mas o livro, que é infanto juvenil, me proporcionou perder parte do medo de voar (já andei até de avião, o próximo passo é parapent – isso eu não prometo! rs), além de ter me ensinado muitas coisas sobre a vida não só deste Gênio como de outros pioneiros da aviação. A dica de Bernardo Sardinha me fez lembrar um livro que marcou minha infância chamado “O Mistério da Múmia Desaparecida”, que minha prima estava lendo e me emprestou. Eu adorei porque era da coleção “E agora você decide”. Aquela coisa de eu tomar a decisão, e de acordo com ela, o fim do livro ser diferente, me conquistou. Sem contar que eu amo um suspense… A autora era Kate McMulan.