REVIEW | ‘TEKKEN 7’ consegue bons resultados, porém tem seus percalços

Stenlånd Leandro

TEKKEN 7 tem sido um dos jogos mais aguardados da Bandai Namco. Jogo este que tem como antecessor não somente o Tekken 6, mas também a saga Tag Tournament. O título foi lançado já há algum tempo, exatamente em 2015, e desde então, os fãs da franquia vem sofrendo com uma espera descomunal para a sequência do jogo, que inicialmente foi lançado somente para os Arcades nipônicos. São exatos 10 anos desde que a saga Tag Tournament  foi lançada, enquanto Tekken 6 chega aos 6 anos de sua existência.

Estamos falando de um jogo que não se cansa de repetir uma fórmula que para alguns, esta seja cansativa, e ainda perdure pela qualidade em seu gameplay. Bem ou mal a cada novo lançamento da franquia, a mesma vem ganhando certas novidades que atraem cada vez mais o público que adora jogos de luta.

O primeiro título da franquia de Tekken foi lançado em 94, pegando o embalo do sucesso de Virtua Fighter, jogo da SEGA chegando aos arcades em 93. Diferente da SEGA, que costuma ser desertora e não mais apostar em seus títulos, a Bandai Namco teve seu credo transformado em ótimos números no decorrer dos anos com todos os personagens que seriam lançados inicialmente nos fliperamas com Tekken.

A trama de Tekken 7 é bem direta e é baseada somente na treta que há entre Kazuya e Heihachi. Durante a narrativa, vamos avançado no que no menu é chamado de ‘Saga Mishima’. Jogamos muito dessa trama, até pensamos em trazer mais para frente um gameplay da saga por completa, e nisso você vai se aprofundando nos entediosos 14 capítulos que não mostram lá uma coisa tão fenomenal assim, apesar de a narrativa ser muito bem explicada, mas ficamos confusos ao ver que é uma continuação de algo que já havia se iniciado em jogos anteriores da franquia. Se você não conhece sobre essa treta entre Kazuya, Kazumi, Jin e Heihachi, certamente ficará perdido com o início, meio e fim da história como é contada, pois ela não foi bem amarrada e opta por não aproveitar vários dos novos personagens. São exatos 36 personagens que sequer foram mencionados na Saga Mishima e isso se torna frustrante. Claro que os diálogos no modo história tanto quanto as animações cinematográficas foram muito bem apresentadas, e parece muito um filme.

Já no modo Arcade, o jogador pode encontrar esses personagens à sua disposição com um elenco bem selecionado e adicionando novos personagens em especial nossa conterrânea Katarina Alves. A personagem foi criada para novos jogadores, mas fica bem longe daquilo que Eddy é. Ela não luta capoeira e seus movimentos lembram muito briga de rua ao contrário de uma arte marcial em si. A dublagem da personagem é bem sensual. Mesmo sensual ou não,  personalizar seu perfil de jogador, inclusive colocando skins na barra de energia ou trocando a imagem do lutador no loading, é algo muito interessante. Também poderá aplicar outra ‘roupagem’ visual no seu boneco, assim como deixar antigos personagens idênticos às versões anteriores do jogo.

Como em qualquer gênero, mas em especial jogos de luta, a falta de apresentar novas ideias que possam de certa forma desafiar os jogadores, acaba sendo o problema principal em todas as opções do jogo.

O modo online é desgastante. Por horas tentamos achar alguém para jogar contra e nada. Mesmo que colocássemos de outra região, o trabalho para encontrar um oponente foi massante. É valido lembrar o seguinte: Estamos falando de Tekken 7. Um dos jogos mais aguardados do ano e ainda sim, não foi possível encontrar facilmente um oponente e olha que mesclamos os horários. Não sei se os servidores da versão do PC se comunicam com a versão do Xbox One e PS4. Acredita-se que não e isso é um problema que já deveria de ter sido solucionado, afinal o jogo é o mesmo, e a intenção de vendas é unilateral, seja Bandai, Microsoft, Steam e a Sony.

Já na parte de Loadings, Tekken 7 tem um sério problema. No modo offline por exemplo, levou quase 20 segundos para carregar uma luta versus o computador. É um jogo que possui seus modestos 40.8gb de tamanho (Testamos a versão do Xbox One), e fizemos um teste tanto no HD Externo de 1TB sendo USB 3.0, e ainda sim, mesmo trocando de portas, ou jogando direto no HD do console, o problema persistia. Apesar dos pesares, o game rodou em 60fps sem maiores problemas.

Claro que, graficamente, há um certo resultado que satisfatório e impressionante,que pode ser talvez a resposta para o problema acima citado, apesar de alguns elementos deixarem a desejar. Gostamos do que vimos na saga Mishima, quando a questão é relacionada aos gráficos.

Na verdade, Tekken 7 não é assim tão diferente de jogar os títulos anteriores. É um game que já tem sucesso há muito, assim como Street Fighter, The King of Fighters e Mortal Kombat, e que muitos comprarão não somente por ser mais um título de sequência, mas na famosa esperança do game mostre alguma novidade, o que não acontece aqui tão bem.

O VEREDITO

Temos em mãos um jogo que vai encantar qualquer fã (ou não) da franquia, uma vez que a desenvolvedora NetherRealm Studios fez um bom trabalho para demonstrar ao menos o quão importante é um modo história, ainda que hajam pontas soltas. A Bandai Namco entrega um pacote repleto de conteúdos, onde você encontrará diversos modos de jogo e isso pode ser a cereja do bolo para que as pessoas realmente se identifiquem com a franquia.

Tekken 7 foi analisado pela equipe do Blah Cultural no console Xbox One. O game foi gentilmente cedido pela Bandai Namco.

TRAILER

Stenlånd Leandro

Leandro não é jornalista, não é formado em nada disso, aliás em nada! Seu conhecimento é breve e de forma autodidata. Sim, é complicado entender essa forma abismal e nada formal de se viver. Talvez seja esse estilo BYRON de ser, sem ter medo de ser feliz da forma mais romântica possível! Ser libriano com ascendente em peixes não é nada fácil meus amigos! Nunca foi...nunca será!
NAN