“Corpo Elétrico” é o filme de abertura do Festival de Cinema Latino-Americano de SP

Juliana Góes

Inédito no Brasil, “Corpo Elétrico” é a atração de abertura do 12º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo. Dirigido por Marcelo Caetano, o filme mereceu première mundial no badalado Festival de Roterdã em janeiro último, conquistou o Prêmio Maguey no Festival de Guadalajara e colecionou participações em eventos em Londres, Los Angeles, Toronto, Turim e Vilna (Lituânia).

A sessão acontece em 26 de julho, quarta-feira, às 20h30, ao ar livre, no Memorial da América Latina (Av. Auro Soares de Moura Andrade 664, Barra Funda, São Paulo), com entrada franca.

 O enredo acompanha um jovem que tenta equilibrar seu cotidiano entre o trabalho em uma fábrica de vestuários e encontros casuais com outros homens.  O roteiro é assinado por Marcelo Caetano e Gabriel Domingues, com colaboração de Hilton Lacerda.

 O filme traz no elenco nomes como Linn da Quebrada e Marcia Pantera, ao lado dos atores Kelner Macedo, que vive o protagonista, Welket Bungué (de “Joaquim”), Ana Flavia Cavalcanti (de “Malhação – Viva a Diferença”), Lucas Andrade (considerado uma revelação de “Corpo Elétrico”), Nash Laila (“Tatuagem”), Georgina Castro (“O Céu de Suely”), Dani Nefussi (“Mãe Só Há Uma”) e Teka Romualdo (“Os Amigos”).

Inédito no Brasil, “Corpo Elétrico” entra em cartaz nas salas comerciais em 17 de agosto.

Segundo a Variety, considerada a bíblia do mundo do entretenimento, trata-se de “um filme caloroso, cujos encantos provocam um brilho prazeroso.”
 Confira o trailer:

 Sobre o enredo

O roteiro de “Corpo Elétrico” é centrado em Elias, um jovem que tenta equilibrar seu cotidiano entre o trabalho em uma fábrica de vestuários e encontros casuais com outros homens.  Em cada cama que Elias se deita um universo se abre a partir das narrativas contadas pelos personagens. São corpos enlaçados que se acariciam, vozes que falam baixo e suavemente, amantes que relatam encontros, aventuras sexuais, sonhos.  “Meu desejo era falar de formas de amar mais livres e generosas, distante do amor romântico e seus conflitos já tão manjados”, diz o diretor Marcelo Caetano.

Elias ama de forma leve e solar. Ele tem 23 anos é gay e nordestino. Usa cada encontro para moldar um pouco sua personalidade se tornando uma espécie de prisma humano, capturando tudo que pode de seus parceiros. Ele transita entre o masculino e o feminino, pode ser o trabalhador empenhado, mas também um anarquista debochado. Dessa forma, o longa-metragem questiona também os lugares socialmente estabelecidos para gays, negros, mestiços, migrantes, operários.

 

Juliana Góes

Leonina, carioca, adora filmes e séries, apaixonada pelos animais, e não vive sem chocolate...
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