A Lista Terminal

Crédito: Prime Video / Divulgação

‘A Lista Terminal’ apresenta uma trama clichê, mas emocionante e envolvente

Jhone Silva

Após o sucesso de ‘Jack Ryan’ e ‘Reacher’, o Amazon Prime Video lançou mais série baseada em uma obra literária do gênero miltar: ‘A Lista Terminal’, cuja base é a obra homônima de Jack Carr, um ex-fuzileiro naval. Em suma, a produção apresenta a história do comandante James Reece (Chris Pratt), um fuzileiro naval cujo batalhão foi emboscado e dizimado durante uma missão secreta na Síria. Após retornar para casa, Reece, mesmo emocionalmente abalado e traumatizado, ele tenta retomar sua vida, sustentando-se em sua família para conseguir superar o luto pela perda de seus companheiros.

Ao recobrar parcialmente as suas memórias da missão catastrófica, Reece percebe que a versão que estão tentando lhe empurrar goela abaixo, na verdade, não aconteceu. Investigando mais sobre o ocorrido, o ex-comandante descobre evidências de que a morte de seu batalhão faz parte de uma grande conspiração que pode colocar sua vida e sua família em perigo.

A Lista Terminal

Narrador pouco confiável

Porém, a mente de Reece não está nada bem. Além de ter descoberto um tumor, por causa de sua sua desastrosa missão, ele desenvolveu um transtorno do estresse pós-traumático (TEPT), que está lhe causando alucinações, memórias conflitantes e paranoia. Dessa forma, o telespectador acompanha a investigação e missão de vingança do protagonista com uma dose de ceticismo. Fazer com que o público duvide da sanidade de Reece é uma jogada brilhante da série e essencial para que telespectador se envolva inicialmente.

Muito além de apenas ação

No entanto, ela não é apenas mais uma série com tiroteios e pancadaria inesgotáveis. Muito pelo contrário, a obra não tem medo de estender um pouco mais sua metragem para desenvolver sua trama e criar personagens profundos e psicologicamente densos. Apesar de sua origem televisiva ser em comédias, Chris Pratt está fantástico ao dar vida a um ex-fuzileiro naval sempre tenso, violento e psicologicamente complexo.

No decorrer dos episódios, Reece se alia a jornalista Katie Buranek (Constance Wu), trazendo à trama da série tons de thriller político e investigativo. Apesar de não concordar com os métodos de Reece, Katie se mostra interessada em revelar ao mundo a verdade sobre a conspiração na qual ele está envolvido e, aparentemente, é vítima.

A Lista Terminal

Ação eletrizante e realista

Dito isso, os grandes momentos de A Lista Terminal são as cenas de ação, onde há muita violência gráfica e o telespectador não é poupado de ver litros de sangue jorrando pra todos os lados. Tendo em vista a origem militar do autor da obra original e de alguns membros da produção, os confrontos presentes na série são intensos; o combate corpo a corpo e as execuções são muito bem coreografados, assim como bastante realistas.

Em suma, a premissa do protagonista militar psicologicamente perturbado com desejo de vingança, não é o enredo mais inovador, no entanto, A Lista Terminal não se contenta apenas com a ação desenfreada e apresenta personagens complexos e com motivações compreensíveis. Além disso, a série contém ótimas atuações, um argumento que faz bom uso de seus plot twists e um roteiro que encerra tudo muito bem amarrado. Tudo isso a torna, a princípio, muito superior à grande parte das séries e filmes do gênero de ação.

Onde assistir à série A Lista Terminal?

A saber, A Lista Terminal está disponível para assinantes do Amazon Prime Video desde o dia 1 de julho.

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Trailer da série A Lista Terminal

Elenco da série ‘A Lista Terminal’ (Amazon Prime Video)

Chris Pratt
Constance Wu
Taylor Kitsch
Riley Keough
Arlo Mertz
Jeanne Tripplehorn
Jared Shaw
JD Pardo
LaMonica Garrett
Nick Chinlund

Ficha Técnica

Título original: The Terminal List
Criação: David DiGilio
Direção: Frederick E.O. Toye, Sylvain White, M.J. Bassett, Antoine Fuqua, Tucker Gates e Ellen Kuras
Roteiro:
Temporada: 1
Episódios: 8
Duração: 55 minutos
País: Estados Unidos
Gênero: Ação, drama e suspense
Ano: 2022
Classificação: 18 anos

Jhone Silva

Um jovem paulistano que aproveita a boemia da maior cidade brasileira, embora prefira ficar trancado em seu quarto lendo, assistindo, escutando e jogando e fazendo arte. Mas sempre com uma qualidade duvidável, é claro.
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