‘A Mãe do Ano’ é perfeito para quem curte ação desenfreada

Bruno Oliveira

Vou começar com uma curiosidade inútil, mas que cabe aqui. O Dia das Mães na Polônia não ocorre na mesma data que aqui no Brasil e Estados Unidos (segundo domingo de maio). Lá, se comemora esse dia especial em 26 de maio. Se no dia 12 de maio, a Netflix estreou o filme ‘A Mãe’ com Jennifer Lopez, a mesma empresa estreia no dia 24 de maio ‘A Mãe do Ano’. Cada um para comemorar o seu Dia das Mães específicos. Citei esses dois filmes aqui, pois a premissa é exatamente a mesma. O famoso “copia, mas faz diferente”.

Sinopse

Nina (Agnieszka Grochowska) é uma ex-agente secreta da OTAN que teve que forjar a sua morte. Com isso, seu filho Max teve que ser adotado por outros pais. Ela tenta levar sua vida da forma mais pacífica que pode, porém, velhos hábitos veem a tona com frequência. Ao saber que seu filho foi sequestrado, ela trilhará um caminho de sangue até que o garoto esteja devidamente salvo. A adrenalina de salvar seu filho e de correr perigos como no passado a faz se sentir viva novamente.

A Mãe do Ano

A ação como seu principal trunfo

Não tem como começar a falar dele diretamente se não for para falar das cenas de ação. De longe, esse atributo é a melhor coisa de tudo o que veremos aqui. Cenas estilizadas de porradarias francas e homéricas é o seu grande ponto alto e ninguém vai dizer ao contrário. Já em seu início, temos uma amostra pequena, mas eficiente, de como seguiremos dali até o final da projeção. Uma luta simples de nossa protagonista com baderneiros da rua embaladas com uma boa música eletrônica já é o seu convite que diz “aprecie com calma, pois isso é só início do que verá”.

A direção de Mateusz Rakowicz já tinha mostrado em ‘O Rei das Fugas’ (2021) que sabia fazer boas cenas de ação. Se lá tivemos poucos momentos para mostrar sua habilidade, aqui, ele tem espaço de sobra. São 94 minutos de poucas palavras e muito soco e chute na cara. A nossa protagonista é tão “badass” que nem de arma de fogo ela precisa. Em suas lutas iniciais, ela luta com o que acha no caminho e usa objetos comuns do dia a dia como arma para derrotar uma das gangues mais poderosas da cidade. Selo John Wick de qualidade.

A Mãe do Ano

Uma pitada de drama

A ação é o seu carro-chefe, mas também temos um drama na história. A mãe que teve que abandonar seu filho para o bem dele. Eu não posso chegar e dizer que esse é o ponto fraco da história, mas posso dizer que isso fica em segundo plano devido a toda correria que o longa nos proporciona. Ele também é prejudicado por ter saído um filme que segue a mesma linha há pouco tempo (como citado ali em cima). Perde um pouco da originalidade que pudesse vir incluído nele. No final, não sei se nos importamos mesmo com essa história de mãe e filho, ou se só queremos ver mais ação.

Conclusão

Ele é mais do que indicado para os amantes da ação. Sei que sempre tem um chato por aí, mas não tem do que reclamar nesse quesito. O resto acaba sendo pedaços que precisam ser compostos para se criar um filme completo. É bem provável que ele possua uma continuação. Pelo menos foi o que o próprio longa sugeriu no final. Será que o cinema polonês está criando uma franquia de ação para chamar de sua? Se for por aí, Netflix já está de olho.

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Trailer – A Mãe do Ano

Ficha Técnica

Título original: Dzien Matki
Direção: Mateusz Rakowicz
Roteiro: Mateusz Rakowicz e Lukasz M. Maciejewski
Elenco: Agnieszka Grochowska, Dariusz Chojnacki, Sebastian Dela, Szymon Wróblewski, Konrad Eleryk, Jowita Budnik
Onde assistir: Netflix
Data de estreia: 24 de maio de 2023
Duração: 94 minutos
País: Polônia
Gênero: Ação
Ano: 2023
Classificação: 16 anos

Bruno Oliveira

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