A Maldição de Sharon Tate crítica do filme Netflix 2019

Foto: Netflix / Divulgação

‘A Maldição de Sharon Tate’ beira o trash e fica aquém do esperado

Jorge Feitosa

Estrela da Hollywood dos anos 60, a atriz Sharon Tate foi uma daquelas mulheres que exercia uma atração magnética com sua beleza etérea, a ponto de deixar agentes e produtores tão desconcertados que não sabiam exatamente o que fazer com ela. Mas, ainda assim, ela persistiu e deixou sua marca no cinema não apenas por seu trabalho, mas por sua trágica morte nas mãos de discípulos de Charles Manson, um maníaco racista que havia passado boa parte da vida preso, mas com um discurso que arregimentava seguidores jovens, principalmente hippies.

Em A Maldição de Sharon Tate (The Haunting of Sharon Tate), os últimos dias de Tate (Hilary Duff, em seu primeiro filme de terror) são revistos com base em citação da atriz numa entrevista, em que ela teria tido um pesadelo onde um estranho estava em sua casa e depois, veria a si mesma e o amigo Jay Sebring (Jonathan Bennett) amarrados e com as gargantas cortadas.

Com uma previsão tão mórbida, era de se esperar que alguém bolaria um filme de terror. E foi o que fez Daniel Farrands, colocando Mason em cena como um fantasma, sempre desfocado ou à distância, já que ele não participou das mortes. Enquanto seus discípulos cercam Tate e os amigos em aviso do que estava por vir.

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Acréscimos interessantes, mas…

O filme, em cartaz na Netflix, conta com alguns acréscimos interessantes, como depoimentos da época e objetos de cena como o script de O Bebê de Rosemary, sobre uma mulher grávida ameaçada por uma seita satânica de autoria de Roman Polanski, marido de Tate que, então, estava na Inglaterra.

Mas Farrands não sabe bem o que fazer com o material e pesa a mão em diálogos clichês sobre destino ou jump scares que nem mesmo assustam. Chegando a ponto de o editor  Dan Riddle ter que exibir várias cenas em câmera lenta apenas para que o filme tivesse duração de longa-metragem.

Quase trash

Duff, que estava grávida da filha Banks Bair durante as filmagens, segue a cartilha desse tipo de produção e entrega aquela atuação básica assim como o restante do elenco. Que só consegue se sair melhor no ato final, quase um trash.

Se tivesse abraçado esse lado, A Maldição de Sharon Tate teria saído melhor que a encomenda. Mas, aos interessados, Era Uma Vez em Hollywood, em cartaz também na Netflix, é uma homenagem muito mais rica em que Margot Robbie dá um show como Tate. E também sai viva no final.

Onde assistir ao filme A Maldição de Sharon Tate?

A saber, A Maldição de Sharon Tate já se encontra disponível para assinantes no catálogo da Netflix.

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Trailer do filme A Maldição de Sharon Tate, da Netflix

A Maldição de Sharon Tate (Netflix): elenco do filme

Hilary Duff
Jonathan Bennett
Lydia Hearst

Ficha Técnica: filme A Maldição de Sharon Tate, da Netflix

Título oirginal: The Haunting of Sharon Tate
Direção: Daniel Farrands
Roteiro: Daniel Farrands
Duração: 89 minutos
País: Estados Unidos, México
Gênero: terror, drama, suspense
Ano: 2019
Classificação: 16 anos

Jorge Feitosa

@jorgefeitosalima
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