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A Nova Vida de Toby crítica da série minissérie Star Plus 2022

‘A Nova Vida de Toby’: a importância do olho no olho

Jorge Feitosa

Quando Toby Fleishman (Jesse Eisenberg) se divorciou de sua esposa Rachel (Claire Daines), ele já esperava a rotina de dividir o cuidado com os filhos Hannah (Meara Mahoney) e Solly (Maxim Swinton). Mas nada o preparou para aquele fatídico verão em Nova York em que Rachel simplesmente largou os filhos em seu apartamento durante a madrugada pra sumir misteriosamente.

Toby, então, tem sua vida virada de pernas pro ar como mostram o início e o fim de cada episódio de A Nova Vida de Toby (Fleishman Is in Trouble), minissérie em cartaz no Star+ baseada no romance homônimo da jornalista Taffy Brodesser-Akner. Onde o protagonista retoma a amizade com Seth (Adam Brody) e Libby (Lizzy Caplan), a narradora da história e alter ego da autora.

Roteiro incisivo

Inicialmente sob o ponto de vista de Toby, a série é um aparado do que vive um homem agora solteiro, bem-sucedido e que recupera o tempo perdido nos aplicativos de encontro. Mantendo o bom coração de médico exemplar em contraponto à ambição da esposa, uma agente de talentos do teatro que não tem tempo pra família.

Com um roteiro incisivo e muitas vezes dilacerante, a produção aborda todos os revezes que as pessoas enfrentam ao perceber que agora têm muito mais responsabilidades do que possibilidades.

Tentando manter seus princípios enquanto relembram o passado não muito distante, no qual o encantamento vai dando lugar à rotina e a um certo egoísmo disfarçado de idealismo. Principalmente no penúltimo episódio, onde Daines revela um lado de cortar o coração.

Um lado que A Nova Vida de Toby vai mostrando alegoricamente e sob a narrativa de quem já viveu o que fala. Aprendendo que, pra entendermos os outros, precisamos olhá-los nos olhos.