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A Princesa 2022 crítica do filme do Star Plus

‘A Princesa’ é pura porradaria

Bruno Oliveira

Uma das grandes características da Disney é o seu grande catálogo de princesas que, entra década e sai década, continuam a invadir as animações da empresa. No filme A Princesa (The Princess), conhecemos uma nova personagem para entrar nessa lista. Tudo bem que é uma produção original da 20th Century Studios (antiga Fox, que agora pertence à empresa do Mickey). Tem o fato também de ela ser violenta e matar pessoas, mas a estética está lá e, por isso, a incluo nesse rol de clássicas protagonistas.

Sinopse

Na trama, Joey King (A Barraca do Beijo) vive A Princesa do título e está “prometida” em casamento para um homem inescrupuloso. Sem saber dessa característica de seu noivo, ela o abandona no altar por não se achar apta a se casar. Isso desperta a fúria do noivo, que invade o castelo de seu pai, matando a maioria das pessoas e resolve mantê-la prisioneira para se casar com nossa heroína à força. Esse é o ponto em que a história começa. Ele só não sabia que esse seria o maior erro da sua vida.

Boa ação e pouca história

Essa sinopse é contada através de alguns flashbacks durante o longa, que já começa diretamente na ação. Logo em sua cena inicial entendemos qual é o objetivo do filme: mostrar pancadaria para todo lado. Ao meu ver, esse é o grande ponto alto de toda a obra. As cenas de ação são muito boas, tendo uma ótima direção e uma boa criatividade para a solução delas, o que me impactou de cara e sem a mínima impressão de que existe um “sexo frágil” no protagonismo. Mas, apesar de termos mortes atrás de mortes, não vemos um sangue jorrar no chão.

Uma grande desconstrução da princesa que conhecemos acontece aqui. Não é uma novidade, afinal, já fizeram isso em Shrek, por exemplo. A diferença é que foi a primeira vez que vi uma personagem vestida como uma princesa, dando socos, pontapés e metendo a espada, do início ao fim, em homens que mereciam até mais. Temos algumas paradas para respirar, mas elas só servem para emendar na próxima luta, que, como em um bom videogame, vai piorando no decorrer de seus breves (e ótimos) 94 minutos de projeção.

Atuações

A escolha da Joey King no papel principal pode até ser questionada, mas ela faz um bom trabalho. A única dúvida que ficou foi o fato da atriz ser pequena, enfrentando homens gigantes e, claro, vencendo todos. Tudo bem que nem sempre apenas a força bruta ajuda a vencer uma batalha. Além disso, a agilidade de alguém menor pode facilitar e ajudar em lutas corporais. Mas é preciso reconhecer que houve um certo exagero. pode ter sido demais. No entanto, esse é só um preciosismo da minha parte.

O elenco conhecido é completado por Olga Kurylenko (007 – Quantum Of Solace) e por Dominic Cooper (Warcraft: O Primeiro Encontro de Dois Mundos), que fazem os vilões, e, embora sejam bons atores, é difícil saber qual deles é o mais canastrão em tela. A impressão de estarem ali apenas pela grana me soou gritante e isso prejudicou um pouco a minha experiência.

Conclusão

Pouca história e muita ação. Essa frase pode definir bastante o que é A Princesa. As ótimas cenas de ação somadas ao bom manuseio da câmera nesses momentos elevam o filme a uma ótima diversão despretensiosa. Não esperem algo fabuloso, que vá renovar o gênero. A subversão existe, mas para por aqui mesmo. Ele não pretende abrir discussões sobre empoderamento, nem nada. É apenas uma ótima obra para comer sua pipoca sem culpa.