‘Amor(es) Verdadeiro(s)’ é um romance que mexe com a paixão interior
Bruno Oliveira
Nesse ano, o Prime Video nos presenteou com uma série maravilhosa chamada ‘Daisy Jones and The Six’ que foi baseada em um livro de mesmo nome escrito por Taylor Jenkins Reid. O nome da autora ficou na minha cabeça, até que agora sou surpreendido com mais uma adaptação da mesma, dessa vez nos cinemas. ‘Amor(es) Verdadeiro(s)’ é mais um romance daqueles que vai mexer com o público a ponto de emocionar, nem que seja um pouquinho.
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Emma Blair (Philipa Soo) tem certeza que encontrou o seu verdadeiro amor em Jesse (Luke Bracey) e juntos, casados, viajam pelo mundo fazendo o que mais amam. Após Jesse ser dado como morto depois de um acidente de helicóptero, ela perde todo o sentido da vida até que reencontra o seu amigo de infância Sam (Simu Liu), que a ensina a viver novamente. Agora, no dia de noivado entre Emma e Sam, a notícia de que Jesse está vivo irá chacoalhar a vida de todos e ela vai ter que fazer uma escolha de com quem ficará no fim das contas.
A maturidade dos diálogos engradece o longa
Não li o livro, então me basearei apenas pelo o que vi aqui. Não sei como é a escolha narrativa dos acontecimentos na obra literária, mas aqui, é contado tudo mesclando o presente e o passado. Como é a vida agora e como as coisas aconteceram para chegar até tal ponto. Essa escolha faz, automaticamente, com que torçamos para que Emma e Jesse fiquem juntos. O amor dos dois é incrível e o tempo todo pensamos em como ela ficou com um cara como o Sam, não que ele seja ruim, mas é muito diferente e por um momento ele até mesmo pode ser visto como um “vilão”.
Essa jogada é ótima, pois quando conhecemos a história de Emma e Sam, nós rapidamente passamos a torcer por esse casal. A demora pode ser proposital, mas por muito pouco, isso não estraga o desfecho, simplesmente por falta de empatia. Particularmente, não gostei da direção de Andy Fickman (A Montanha Enfeitiçada), principalmente quando as cenas são cortadas de uma forma abrupta de uma para a outra. Além de que, tive a impressão de que ele ajudou mais um “casal” do que o outro. O Jesse é muito mais “vivo” que o Sam.
Um dos grandes pontos positivos desse longa é que ele possui linhas de roteiro bem maduras. O desenvolvimento de como cada um lidou nesse tempo é sensacional. Enquanto um sobreviveu devido ao amor, a outra pessoa teve que aprender a viver sem o grande amor de sua vida. Fica claro que Emma ama os dois, mas cada um a sua maneira e, talvez, em tempos diferentes. A pessoa que você era há 4 anos não é a mesma que existe hoje. Um acontecimento grande pode modificar pessoas e fazer com que seus sentimentos e modo de pensar mudem. Por toda essa conversa mais profunda, acho que esse filme já merece uma conferida. Gostaria até mesmo que tivessem se aprofundado mais nesse quesito.
Conclusão
Se for um grande fã desses romances que mexem com sua paixão interior, ‘Amor(es) Verdadeiro(s)’ é o título certo para você. Ele nos conta não só uma, mas duas histórias de amor bem bonitas. Cada uma a seu modo, e cada uma com um desfecho diferente. O fim de uma era não significa o fim de tudo, apenas o início de outra etapa em sua vida. Nem sempre é fácil, mas toda a jornada vale a pena quando chegamos no final e lembramos de tudo o que passamos de um jeito em que agradecemos por tudo, mesmo que isso não pareça o certo.
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Trailer – ‘Amores Verdadeiros’
Ficha Técnica
Título original: One True Lovers
Direção: Andy Fickman
Roteiro: Taylor Jenkins Reid e Alex J. Reid
Elenco: Philipa Soo, Luke Bracey, Simu Liu, Michaela Conlin, Tom Everett Scott, Oona Yaffe, Lauren Tom, Cooper van Grootel, Phinehas Yoon
Onde assistir: Cinemas
Data de estreia: 18 de maios de 2023
Duração: 100 minutos
País: Estados Unidos
Gênero: Romance
Ano: 2023
Classificação: 12 anos