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Crítica de Amsterdam, filme com Christian Bale, Margot Robbie, John David Washington e Anya Taylor-Joy

‘Amsterdam’ desperdiça grande elenco com filme apenas mediano

Bruno Oliveira

Amsterdam é o novo filme de David O. Russell, responsável por obras como O Lado Bom da Vida, de 2012, e O Vencedor, de 2010. O diretor conseguiu trazer um elenco gigantesco de atores conhecido por todos. Entres eles, os protagonistas Christian Bale (Batman: O Cavaleiro das Trevas), Margot Robbie (Eu, Tonya) e John David Washington (Infiltrado na Klan) que dão o seu melhor em cena. Adianto aqui que o seu melhor provém dos atores que sobressaem diante de uma história que começa divertida, mas que acaba por decepcionar um pouco.

Sinopse

Durante a 1º Guerra Mundial, os amigos Burt (Christian Bale), Valerie (Margot Robbie) e Harold (John David Washington) se conhecem em Amsterdam e formam um pacto de que irão sempre proteger uns aos outros. Alguns anos mais tarde, essa promessa será lembrada após um deles presenciar um assassinato do qual se tornará o maior suspeito. Agora, os três terão que se unir para provar sua inocência. O problema é que, ao começar a investigação, eles vão se deparar com uma organização secreta que irá revelar os segredos mais sórdidos já escondidos.

Ótimo trabalho técnico

É inegável apontar que a produção desse longa é de primeiro nível. A retratação dos anos 30 é perfeita, junto com seus figurinos críveis para a época. O orçamento de 55 milhões, considerado mediano na indústria, foi muito bem usado. Digo isso, pois o cachê do elenco estrelar não deve ter sido barato e a retratação de época foi muito melhor do que o esperado por mim. Dá-se para notar um CGI no fundo em algumas cenas, mas ajuda a compor o ambiente e não o faz perder o tom. Arrisco que essa parte técnica possa estar em algumas premiações daqui para a frente.

A trama de Amsterdam tenta buscar um amálgama entre o que aconteceu de verdade na história com sua parte fictícia, que acaba por ser meio ‘piração’ da cabeça dos roteiristas. Nossos personagens centrais são colocados na trama como ficcionais, mas se deparam com um determinado ocorrido noticiado na época. Tudo acontece em volta desse fato, como se nossos protagonistas sempre estivessem lá.

OK, mas Amsterdam é um bom filme?

Eu diria que Amsterdam é, no máximo, mediano. Possui alguns méritos, mas se torna uma trama de mistério um tanto monótona. Uma trama intrincada com pitadas de comédia que conseguem tirar um sorriso do rosto do espectador. Acho que existe um esforço da produção para ser algo realmente grande, mas não chega a empolgar. Até pode divertir em alguns momentos, mas não passa muito disso. Chego a dizer que foi um desperdício de um elenco gigante com algo tão OK.

Conclusão

Amsterdam pode divertir um público não tão exigente. Aquele que só quer passar o tempo vendo algo minimamente divertido. Não posso negar que diverte em certas partes e é isso. Seu maior valor fica no esforço dos atores e na parte técnica como direção de arte e figurino que estão simplesmente lindos. O filme vai ser daquelas obras que vai estrear, chamar um pouco de atenção e ser esquecida logo em seguida. Capaz de nem comparecer nas premiações futuras, mesmo tendo qualidade para isso em certas categorias.