EXCLUSIVO: Arianne Botelho fala sobre ‘Tudo Bem no Natal que Vem’
Rafael Vasco
A atriz Arianne Botelho é uma das estrelas do novo filme natalino da Netflix, Tudo Bem no Natal que Vem, lançado no último dia 3 de dezembro na plataforma. Nele, a jovem paulistana interpreta Aninha, filha do protagonista vivido pelo humorista Leandro Hassum. Esta é a estreia da artista em um longa-metragem, bem como a sua primeira incursão no mercado de streaming.
Porém, apesar de ser novata nos cinemas, ela coleciona participações na televisão. Seu primeiro papel foi na novela Babilônia (2015), da TV Globo. No mesmo ano protagonizou, também na emissora carioca, a série Amorteamo, ao lado de Marina Ruy Barbosa e Johnny Massaro. Além disso, teve destaque nas novelas A Lei do Amor e O Outro Lado do Paraíso, ambas tramas globais.
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Desta forma, ainda que tenha apenas 27 anos, Arianne já tem muita história para contar. Portanto, o ULTRAVERSO convidou a atriz para um bate papo descontraído onde falamos sobre sua chegada à Netflix, memórias natalinas, além de carreira e produção de arte em tempos de pandemia. Confira!
ULTRAVERSO: Seu mais recente trabalho, o filme ‘Tudo Bem no Natal que Vem’, acaba de ser lançado pela Netflix. Além do mais, essa é a primeira vez que você faz parte de uma produção desta plataforma de streaming. De que maneira enxerga a abertura do mercado para profissionais da cultura nestes espaços e como chegou até eles?
ARIANNE: Eu tive contato com a Netflix através do meu empresário, Dell Santos. Por meio dele conheci a produtora de elenco Marcela Atberg, logo fiz o teste para o filme. Eu acho incrível essa abertura de novas oportunidades nas plataformas de streaming. Acredito que quebra muitas barreiras. São mais oportunidades para nós atores e profissionais do áudio visual. Vejo como algo que veio para somar na nossa cultura e no entretenimento.
Não é comum vermos histórias natalinas em filmes nacionais, já que estamos mais acostumados com as películas norte-americanas. Portanto, o que os apaixonados por esta temática podem esperar dessa produção feita no Brasil?
ARIANNE: Podem esperar um Natal brasileiro bem representado e com tudo que tem direito. Desde o Tio do pavê, uva passa no arroz, maçã na maionese, aquela confusão básica que sempre rola quando juntamos todo mundo da família. Porém, há também relações familiares de amor e cumplicidade, além de muita comédia e uma surpresa inesperada. Acho que todas as famílias brasileiras vão se sentir representadas no filme. E quem é de outro país vai poder conhecer o nosso natal que de neve não tem nada!
Os filmes natalinos tendem a ser positivos. Ademais, eles costumam mostrar o lado bom de termos por perto, nesta data, pessoas queridas. Quais são as suas recordações de Natal, que façam parte de suas lembranças até hoje?
ARIANNE: Sempre me lembro de mesas fartas, comidas gostosas que minha avó sempre faz todos os anos. Enfim, minha família reunida, festa, alegria e presentes. Sempre é uma data feliz, especial e que todos estão arrumados na sala. Eu gosto muito do natal.
Antes de tudo, não daremos spoiler, mas sabemos que sua personagem neste filme, a Aninha, em algum momento da narrativa acaba raspando a cabeça. Sendo assim, como lidou com esta questão e até mesmo se isso afetou sua vaidade em alguma medida?
ARIANNE: Raspar a cabeça foi uma experiência transformadora em todos os sentidos: profissional e pessoal. Eu soube que iria raspar a cabeça quando passei no teste. Desde então eu fui me preparando para isso, fui estudando e entrando no universo da personagem. Contudo, quando eu raspei e me olhei no espelho, foi uma sensação muito forte de reconhecimento. Eu chorei, mas de alegria mesmo, porque eu estava ali, meu cabelo não me definia, eu me vi de verdade, inteira ali sem nada! Estava orgulhosa do que eu tinha feito e o que me motivou. Por isso, deixei minha vaidade de lado pela Aninha e para contar a história dela. Portanto, desde que raspei a cabeça, eu me redescobri como artista e como mulher. Foram várias sensações físicas e emocionais. Me joguei e não me arrependi nenhuma vez. Faria de novo com toda a certeza.
O seu primeiro grande trabalho na TV foi como uma das protagonistas da série Amorteamo, exibida pela TV Globo (2015), onde interpretou a personagem Lena. Como foi a seleção para esse papel tão importante logo de cara?
ARIANNE: Amorteamo foi muito especial para mim em vários sentidos. A Lena me transformou demais, era meu primeiro trabalho como atriz e eu só queria dar o meu melhor. Ainda assim, sabia que era uma responsabilidade grande entrar de primeira já como protagonista. A principio, me deu um frio na barriga sim, mas me joguei sem pensar duas vezes. Quando eu fiz o teste, li a descrição da personagem e de alguma forma senti que ela seria minha. Lembro que estava muito a vontade no teste e passei, foi uma felicidade gigantesca. Vivi coisas lindas e inesquecíveis com essa série, com o elenco e equipe. Até hoje temos contato e possuo ótimas relações com pessoas que conheci ali. Sempre me emociono ao falar de Amorteamo, porque foi um trabalho muito prazeroso de ser feito.
Ao longo de cinco anos de carreira já contracenou com grandes estrelas, entre elas, a atriz Glória Pires, que foi sua mãe na série Segredos de Justiça. Além disso, você também interpretou a personagem de Glória em sua versão jovem na novela O Outro Lado do Paraíso (Globo). Nesse sentido, como é trabalhar com estas pessoas tão queridas pelo público?
ARIANNE: Além desses dois trabalhos citados, eu fiz uma outra participação em que também interpretava a Glória mais nova, foi na novela Babilônia. Por isso, nossos caminhos já se cruzaram várias vezes mesmo e trabalhar com ela foi uma honra imensa, de verdade. Fiz sua filha na série Segredos de Justiça e nossa troca foi muito boa e bonita. Pois, é sempre uma honra trabalhar com esses atores consagrados, eu aprendo muito com todos eles. Aqueles que eu encontrei e pude contracenar foram todos muito generosos comigo, sempre trocando, sempre disponíveis. Então sou muito grata mesmo.
Afinal, produzir arte no isolamento não deve ser fácil. Dessa maneira, de que forma tem lidado com esta situação e como tem mantido a sanidade nesse período?
ARIANNE: A terapia, no entanto, tem me ajudado muito a manter minha sanidade mental. Tenho estudado e lendo bastante também. Vários livros que eu tinha comprado e ainda não havia lido, agora consegui ler. Aliás, tenho também um projeto que estou iniciando com amigas atrizes, mas é algo que ainda não posso dar detalhes, mas isso também está movimentando minhas energias nesse sentido.