As Quatro Irmãs revela lado íntimo de Vera Holtz
Izabella Azevedo
No cenário íntimo de um velho casarão centenário em Tatuí, as memórias da icônica atriz Vera Holtz são desvendadas em um filme documentário envolvente e emocional intitulado As Quatro Irmãs. Lançado recentemente em plataformas de streaming e celebrado com uma sessão especial no CineSesc, em São Paulo, o filme mergulha nas profundezas da vida de Vera, explorando passagens tocantes, conflitos familiares e a teia de lembranças que a ligam à sua essência artística.
“O documentário para mim é isso, uma nova forma de fazer arte e me renovar”.
No filme, Vera Holtz, reconhecida por suas atuações marcantes em produções como Avenida Brasil e A Próxima Vítima, apresenta uma vulnerabilidade rara ao enfrentar lapsos de memória que afetam detalhes específicos de sua história familiar. A atriz, de 70 anos, interpreta uma jornada de autodescoberta, enquanto revê suas lembranças em companhia das irmãs Rosa Cristina, Regina Maria e a saudosa Maria Teresa.
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Desde sua estreia nas telas de streaming até a emocionante sessão no CineSesc com a participação ilustre da atriz e suas irmãs, o documentário tem conquistado corações e mentes, oferecendo uma visão genuína e íntima da vida de Holtz. O filme, dirigido com sensibilidade por Evaldo Mocarzel, utiliza repetições cuidadosamente calculadas para transportar os espectadores para o passado da atriz, resgatando andanças, gestos e diálogos que ecoavam pelo antigo casarão.
Desafiando as expectativas
O documentário também oferece insights tocantes sobre os momentos de juventude de Vera Holtz, revelando facetas menos conhecidas da atriz. Seu espírito destemido e ousado é exemplificado por um baile hippie que organizou em Tatuí, desafiando a rigidez das convenções de sua época. Essas lembranças pintam um retrato colorido de uma jovem que desafiou as expectativas e abraçou a vida com intensidade.
A interação entre Vera e suas irmãs durante o filme é uma demonstração poderosa de laços familiares inquebráveis. As memórias compartilhadas, as risadas das irmãs e a viagem atemporal há um passado distante criam uma tapeçaria emocional que ajuda a atriz a enfrentar os momentos de esquecimento. Os depoimentos afetuosos das irmãs complementam a jornada de autorredescoberta de Vera, reforçando a importância do apoio familiar.
“Foi uma alegria descobrir as diferenças e equalizar as memórias, porque é isso que dá a sensibilidade. Quanto mais diferente é sua família, mais sensível ela é”, revelou Vera em entrevista exclusiva ao Ultraverso.
As Quatro Irmãs não apenas explora as memórias e experiências de Vera Holtz e celebra os 100 anos do casarão que testemunhou gerações dessa família, como também se torna um marco na célebre carreira de atriz que aumenta seu portfólio, agora como produtora de um documentário. “Os seus sonhos te levam até os 50 ou 60 anos. Uma vez que você realiza seus sonhos e seus desejos, você tem que ter outros. Ou você renova seu ‘arquivo’, ou você terá apenas passado e não um futuro”, revelou. “O documentário para mim é isso, uma nova forma de fazer arte e me renovar”, finalizou Vera.
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